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Stillwater - Em Busca da verdade: Filme foi criticado por vítima da vida real
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Stillwater - Em Busca da verdade: Filme foi criticado por vítima da vida real

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Aventuras Na História
19/01/2024 21h41
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Em Stillwater - Em Busca da verdade, os telespectadores conferem a história fictícia de Bill Baker (Matt Damon), funcionário de uma plataforma de petróleo em Oklahoma, nos Estados Unidos. Tudo muda no momento em que visita sua filha na França. No país, o pai descobre que ela está presa ao enfrentar a acusação de assassinato, que alega não ter sido responsável. Encarando muitos obstáculos, Bill decide que vai provar a inocência de sua filha. 

Disponibilizado no catálogo da Netflix nos últimos dias, o filme, lançado em 2021, está no top 10 dos mais assistidos entre brasileiros. A narrativa eletrizante do filme não é à toa. Isso porque a produção é vagamente baseada em uma história real, que chocou o mundo há alguns anos.

Durante antiga entrevista a Vanity Fair, Tom McCarthy, o diretor do filme, explicou que a premissa do projeto é inspirada na história de Amanda Knox. A jovem, que estudava na Itália, foi injustamente apontada como suspeita de um crime após sua colega de quarto, a britânica Meredith Kercher, ter sido encontrada sem vida em 2007. Foi suficiente para o nome de Amanda tomar as manchetes.

Knox apenas foi absolvida do crime em 2015. Na história real, o seu pai, Curt Knox, se tornou um grande defensor durante o tempo em que a filha esteve presa. Muito semelhante à narrativa do longa.

"Decidimos: ‘Ei, vamos deixar o caso Amanda Knox para trás'", disse McCarthy à Vanity Fair. "Mas deixe-me pegar este pedaço da história - uma mulher americana que estuda no exterior envolvida em algum tipo de crime e acaba na prisão - e ficcionalizar tudo ao seu redor."

Desabafo

O filme não utiliza o nome de Knox, como vemos em muitas produções inspiradas em true crime. No entanto, ela não achou justo o desenvolvimento e lançamento do filme. Em 2021, Amanda acusou 'Stillwater - Em Busca da verdade' de querer lucrar com sua tragédia pessoal.

Através de um texto publicado na revista The Atlantic, Knox questionou o direito dos responsáveis pelo filme usarem sua história. "Meu nome pertence a mim? Meu rosto? E quanto à minha vida? Minha história? Por que meu nome é usado para se referir a eventos dos quais não participei?", desabafou ela.

Ela disse que não autorizou o filme a se basear em sua história, que foi marcada pela injustiça. "Volto a essas perguntas repetidamente, porque continuam a lucrar com minha identidade e meu trauma, sem meu consentimento", afirmou ela.

Através da plataforma Medium, ela também aponta trechos do filme que podem prejudicar a sua verdadeira história.

"Fui acusada de estar envolvida em uma orgia mortal, um jogo sexual que deu errado, quando eu não era nada além de amiga platônica de Meredith [a vítima]. Mas a versão ficcional de Stillwater mostra uma relação sexual com sua colega de quarto assassinada", destaca ela. "No filme, a personagem baseada em mim dá uma dica ao pai para ajudar a encontrar o homem que realmente matou sua amiga. Matt Damon o rastreia. Esta ficcionalização apaga a corrupção e a inépcia das autoridades". 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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