‘The Crown’: A rainha pediu a ajuda de Tony Blair para restaurar a monarquia?
Aventuras Na História
Na última quinta-feira, 14, estreou na Netflix a última temporada de ‘The Crown’, ou melhor, a última parte da produção. Na nova fase, apesar do salto temporal, a monarquia enfrenta algo que vem sendo um problema há um tempo considerável: a opinião popular.
Na virada entre o século 20 e o 21, a família real estava dividindo opiniões, principalmente após a morte de Diana, que fez com que a popularidade dos Windsors caísse drasticamente.
Nesse período, a rainha enfrenta um de seus maiores oponentes pela popularidade, o primeiro-ministro Tony Blair, que ganhou o coração do povo inglês e chegou até mesmo a ser intitulado por muitos e pela mídia da época como “rei Tony”. Isso, claro, fez com que a monarca começasse a repensar o papel de sua família naquela “nova” Inglaterra.
Independentemente das diferentes visões sobre o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, é inegável que ele desempenhou um papel fundamental na transformação do Partido Trabalhista no final dos anos 90.
Auxiliado por estrategistas de comunicação como Alastair Campbell, Blair conduziu seu partido a uma vitória avassaladora nas eleições gerais de 1997.
Poder de Blair
O impacto de Blair era tão significativo que, conforme sugerido na série, a rainha Elizabeth II reconhecia sua influência, mesmo que ligeiramente ameaçadora. No episódio seis, intitulado "Ruritânia", a rainha solicita a Blair que utilize suas habilidades de marketing para criar um plano de relações-públicas destinado a melhorar a imagem da família real.
A dúvida persiste: essa situação realmente ocorreu ou é apenas fruto da imaginação do criador da série, Peter Morgan?
Caso Lady Di
Blair alegou que, durante suas reuniões, a rainha teria comunicado a ele que "é necessário extrair lições" da maneira como os acontecimentos foram abordados após o falecimento da princesa Diana.
Embora não exista uma declaração oficial de que a monarca tenha solicitado a criação de uma campanha de relações-públicas, Blair afirmou no programa Today, em 2022, que a rainha reconheceu a necessidade de se dirigir à nação após a morte de Diana e a mudança de abordagem necessária.
Ela realmente não precisava que eu lhe dissesse. Ela percebeu isso e agiu sozinha. E, quando ela agiu, o fez de maneira impecável. Ela capturou o tom certo”, teria destacado Tony.
Anos depois, a rainha e o príncipe Philip foram, aparentemente, compelidos a passar a virada do milênio com Tony e Cherie Blair em uma festa pública, conforme relatado no livro de Tina Brown, "The Palace Papers", segundo o portal Esquire.
Brown destaca o desdém do casal real por esse evento, ressaltando que Blair, após a morte de Diana, fez esforços notáveis para mediar a resposta da rainha ao sentimento popular excessivamente inflado, alegando ter "salvado a reputação da monarquia".
Plano de engajamento?
É improvável que Blair tenha elaborado um plano de relações-públicas para a rainha, o Novo Trabalhismo e sua equipe. Após a morte da monarca em 2022, o The Sunday Times revelou que a rainha, em uma ocasião, deixou escapar seus verdadeiros sentimentos a respeito dele. Segundo a publicação, quando um diplomata francês perguntou quem era seu primeiro-ministro favorito, a rainha revelou sua opinião sobre Blair.
A monarca teria dito: “Essa não é a pergunta certa, o que você deveria me perguntar é quem é meu menos favorito”. Após isso, ela afirmou que o menos favorito foi Tony Blair.
Blair, por sua vez, comentou abertamente sobre sua representação fictícia na última temporada de "The Crown", classificando-a como "lixo completo e absoluto", conforme declarado por seu porta-voz.
Confira o trailer da última parte de 'The Crown':