Um Pesadelo Americano: Veja o que aconteceu com o sequestrador do documentário
Aventuras Na História
Era 2015 quando Denise Huskins foi sequestrada enquanto estava em sua casa, localizada na cidade de Vallejo, na Califórnia. Desesperado, seu namorado, Aaron Quinn, procurou a ajuda das autoridades, no entanto, ele não esperava que se tornaria um dos suspeitos do crime.
As coisas se agravaram quando Denise reapareceu. O que parecia ser um alívio logo se transformou em pesadelo. Ela e o companheiro foram injustamente acusados de forjar o sequestro, o que repercutiu nacionalmente. O caso foi solucionado quando as autoridades encontraram o verdadeiro criminoso, no entanto, a reputação de Huskins e Quinn já estava manchada.
A história chocante é tema da série documental 'Um Pesadelo Americano'. Lançada pela plataforma de streaming Netflix, se encontra no top 10 entre as mais assistidas por brasileiros nesta sexta-feira, 19.
O casal só encontrou alívio quando as autoridades prenderam Matthew Muller. Ele foi formalmente acusado de roubo e agressão. Mas, o que aconteceu com ele?
Matthew se formou em 2006 através da Universidade de Harvard e atuou como fuzileiro naval dos Estados entre 1995 e 1999. Ele também foi advogado de imigração.
Conforme o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Leste da Califórnia, o crime ocorreu em 23 de março de 2015. Entre às 3h e 5h, o homem invadiu a propriedade de Denise Huskins e Aaron Quinn localizada na Califórnia.
Com uma arma de choque, conseguiu render as vítimas e Denise fora levada para um cativeiro. Quinn, que foi sedado, encontrou uma mensagem pré-gravada que deixava direcionamentos. Caso não obedecesse, sua companheira seria punida, repercute o Today. Ele recebeu e-mails que exigiam um resgate avaliado em US$ 17 mil. No entanto, Huskins acabou liberada sem o pagamento, explicou o Ministério Público dos Estados Unidos.
O culpado
Mas, as autoridades não acreditavam na versão do casal, que era a verdadeira. Antes disso, vale lembrar, o verdadeiro culpado pelo crime não era apontado pela polícia. A situação só mudou quando Matthew Muller foi preso por outro caso de invasão de domicílio em 8 de junho de 2015.
No episódio, um casal foi amarrado enquanto o criminoso tentou sequestrar a filha. Felizmente, as autoridades encontraram um celular na residência, que levou até Muller.
Na residência do criminoso, a polícia encontrou evidências que o conectavam ao rapto de Denise, explicou o Ministério Público dos Estados Unidos. Com o FBI envolvido no caso, as investigações se mostraram eficientes.
Computadores revelaram uma “gravação de som consistente com as instruções dadas ao Sr. Quinn e à Sra. Huskins”. Ao mesmo tempo, vídeos também o mostravam violando Denise, relatou o Gabinete do Procurador dos EUA.
Em setembro do mesmo ano, ele se declarou culpado pelo sequestro no caso do casal. Além disso, não contestou as acusações de estupro anos depois. Também confirmou ser culpado de roubo de residência e cárcere privado.
Em 2017, um juiz distrital dos Estados Unidos, Troy L. Nunley definiu o destino do criminoso confesso. Matthew Muller acabou condenado a 40 anos de prisão pelo sequestro de Denise Huskins.
Durante entrevista para a NBC Bay Area, no ano de 2018, ele alegou que se declarou culpado por sentir 'pena' de Huskins e Quinn. Ele também disse que a confissão foi resultado da 'depressão' que desenvolveu na cadeia.
"Não creio que haja qualquer desculpa para a forma como o Departamento de Polícia de Vallejo lidou com a situação", afirmou ele. "É por isso que pensei que valia a pena mergulhar e garantir que eles conseguissem justiça para aquela acusação injusta".
Em 2022, Muller fora condenado também a 31 anos de cadeia por estupro e outras três acusações feitas no Tribunal Superior do Condado de Solano. A pena é executada simultaneamente com a sentença anterior.
Vale reviver uma informação sobre o caso. Quando ele fora condenado em 2017, Thomas Johnson, que fez a defesa de Matthew, lutou por uma pena de 30 anos. A defesa alegava que o cliente era 'maníaco e depressivo'. Assim, seria capaz de ser tratado adequadamente. No entanto, o criminoso cumpre a sua pena na Instituição Correcional Federal em Tucson, no Arizona, explica o Bureau of Prisons, via Today.