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Urso do Pó Branco: saiba o que aconteceria com o animal na vida real
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Urso do Pó Branco: saiba o que aconteceria com o animal na vida real

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Aventuras Na História
14/02/2025 22h00
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Disponível no catálogo da plataforma de streaming Netflix, o filme "Urso do Pó Branco" é um dos mais assistidos por brasileiros nesta sexta-feira, 14.

O longa-metragem retrata a saga de um urso que espalha o terror após consumir cocaína. "O que acontece quando uma ursa de 220 quilos devora um carregamento de drogas ilícitas que encontrou na floresta? Caos e carnificina", detalha a sinopse do longa.

A direção de Elizabeth Banks traz à tela uma narrativa que, embora baseada em eventos reais, explora de forma ficcional os efeitos do consumo de cocaína por um urso. A história remonta a setembro de 1985, quando Andrew Thornton, um traficante de drogas, teria despejado cerca de 34 quilos de cocaína durante um voo.

Após saltar de paraquedas, ele não conseguiu recuperar toda a carga, que acabou na região da fronteira entre Geórgia e Tennessee. De acordo com relatos da época, um urso da montanha ingeriu uma quantidade da droga antes de morrer.

Exceto por Thornton, que faleceu em sua tentativa de paraquedismo, não houve outras fatalidades humanas. O único animal afetado foi o urso, mas detalhes sobre seu destino final permanecem desconhecidos.

Embora "Cocaine Bear" tome algumas liberdades criativas ao contar sua história cômica e carnívora, surge a questão intrigante: o que realmente aconteceria se um urso consumisse cocaína? Para buscar respostas, Chris Morgan, especialista em ursos e ecólogo focado na conservação ambiental, foi consultado pelo site Vox em 2013.

Segundo Morgan, "Urso do Pó Branco", agora disponível na Netflix, pode ser visto como uma metáfora sobre como as atividades humanas têm consequências diretas nos animais selvagens.

Os riscos

Ao discutir os efeitos teóricos do uso da cocaína por ursos, Morgan explica que a resposta fisiológica seria provavelmente similar à dos humanos. Caso o urso consumisse uma quantidade significativa da substância, isso poderia resultar em consequências fatais.

"Acho que fisiologicamente, o urso passaria por alguns dos traços característicos muito semelhantes que os humanos podem ter com cocaína — um tipo de comportamento amplificado que os deixa um pouco loucos. E se esse urso consumisse tanto quanto ouvi — você sabe, uma grande porção de cocaína — então isso seria uma sentença de morte para o animal, assim como seria para os humanos", disse ele.

Com relação aos riscos associados ao consumo humano de resíduos alimentares por parte dos ursos, Morgan observa que alimentos processados e descartados podem ser prejudiciais e viciantes para esses animais.

"Resíduos humanos são veneno para um urso. Seja um donut ou um saco de cocaína, não importa muito se vem de humanos. É altamente processado e é perigoso para animais selvagens, e geralmente termina na morte deles, se não na morte de um humano", destacou.

Urso do Pó Branco
Imagem do longa "Urso do Pó Branco" - Divulgação

Na vida real

A obra cinematográfica também suscita questões sobre as relações entre humanos e ursos. Morgan enfatiza que ataques de ursos são raros e muitas vezes resultam de interações provocadas por ações humanas inadequadas.

Ele destaca a importância de entender a dinâmica dessas interações e como as atividades humanas impactam negativamente as populações de ursos.

"Sabe, em 'Urso do Pó Branco', aquele urso acaba matando pessoas, mas na história real, aquele urso não matou ninguém. E isso é outra coisa, é uma ocorrência tão rara que ursos ataquem pessoas e especialmente as matem", informa o especialista.

Por fim, Morgan ressalta a necessidade urgente de proteger essas criaturas notáveis. Com várias espécies de ursos ameaçadas de extinção devido à destruição do habitat e às pressões humanas, ele clama por uma mudança na percepção pública sobre esses animais inteligentes e complexos. Através da preservação e do respeito ao espaço vital dos ursos, pode-se garantir um futuro mais equilibrado para eles no planeta.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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