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Vale Tudo: como os atores da primeira versão enxergam o remake?
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Vale Tudo: como os atores da primeira versão enxergam o remake?

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Aventuras Na História
12/03/2025 21h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16481923/original/open-uri20250312-56-zwdfk1?1741813516
©Divulgação/TV Globo
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O remake de Vale Tudo, novela exibida na TV Globo originalmente entre maio de 1988 e janeiro de 1989, nem estreou ainda, mas já tem dado o que falar.

A nova versão — assinada por Manuela Dias — estreia no próximo dia 31 e tem gerado muitas expectativas, especulações e, até mesmo, comparações entre elencos. Além disso, uma mudança anunciada pela autora no final do ano passado a respeito da vilã Odete Roitman tem sido motivo de discussão.

Se no passado Odete — interpretada originalmente por Beatriz Segall (1926–2018) e, na releitura, por Debora Bloch — destilava seu desprezo pelo Brasil e pelos brasileiros, Manuela afirmou que a personagem agora terá um outro tom: “Falar que o Brasil é uma porcaria não traz mais nada hoje em dia”, disse ela em entrevista à Folha.

A declaração dividiu opiniões e os atores do elenco original explicaram o que acham da nova versão da novela.

Antigo vs. atual

Flávia Monteiro, 52, que interpretou Fernanda na obra de autoria de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, relembrou com carinho sua estreia em Vale Tudo. Sobre a nova versão, ela se mostrou aberta à ideia, mas com ressalvas: “Eu gosto dos remakes, mas fico sempre com o meu coração e o meu afeto nas primeiras versões, explicou ao F5.

O ator Paulo Reis, 72, que deu vida ao fotógrafo Olavo, também refletiu sobre as diferenças dos tempos. “Acho impossível repetir a repercussão da primeira versão, as condições atuais da TV são completamente diferentes hoje, mas acho possível alcançar um grande êxito artístico”, explicou ao mesmo veículo.

Maria de Fátima e Raquel foram interpretadas por Glória Pires e Regina Duarte na primeira versão; agora, são vividas por Bella Campos e Taís Araújo

Ceticismo

Carlos Alberto Riccelli, 78, que interpretou César, não esconde o ceticismo em relação à nova versão. Também ao F5, o artista destacou que a história ainda "está presente na cabeça dos brasileiros: “Acredito que o melhor será tentar se afastar o máximo possível da versão anterior. Isso evitaria comparações inevitáveis”, explicou à Folha.

Sobre a vilã, ele declarou: “Quem poderia ser melhor que Beatriz Segall como Odete? Ninguém! A menos que a nova Odete seja totalmente diferente da original”.

Rosane Gofman, 67, que viveu Consuelo na trama de 1988, admite estar curiosa, mas sem grandes expectativas: “Não consigo dizer com convicção. A primeira versão foi perfeita. Minha expectativa é só expectativa. Não posso imaginar o que seja o remake”. Apesar disso, ela confia no talento da autora: “Ela é ótima, então talvez a gente tenha um novo sucesso por aí”, destacou ao veículo.

Reginaldo Faria (Marco Aurélio), Rosane Gofman (Consuelo) e Carlos Alberto Riccelli (César Ribeiro) na versão de 1988 / Crédito: Divulgação/TV Globo

Novas discussões

Lala Deheinzelin, 62, que interpretou uma das personagens envolvidas no primeiro casal lésbico da teledramaturgia brasileira, acredita que o remake pode trazer à tona discussões necessárias.

“Espero que seja feito com a mesma inteligência e qualidade artística e tenha novamente o papel de abrir a cabeça e ampliar a mentalidade do povo brasileiro”, afirmou. Ela ainda faz uma crítica ao momento atual do país: “Curiosamente, em alguns pontos 2024 é mais atrasado que 1988”.

Importância cultural

Por fim, Reginaldo Faria, 87, o inesquecível Marco Aurélio, declarou ser totalmente a favor da releitura: “Sou a favor de tudo o que estiver ao alcance do entretenimento e rezo para que as novelas não sejam engolidas pelo streaming. A importância das novelas para os brasileiros é cultural”. Para ele, o remake é uma oportunidade de manter viva a tradição dos folhetins.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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