Vikings: Relembre a descoberta do túmulo de uma guerreira
Aventuras Na História
A terceira e última temporada de 'Vikings: Valhalla', que narra o fim da Era Viking, tem sido uma das produções mais assistidas pelos brasileiros desde seu lançamento na Netflix.
Ambientada no século 11, a última parte introduz Érico Torvaldsson (Erik, o Vermelho), pai de Leif e Freydis. Nos novos episódios, o público acompanha o embate entre descendentes vikings e nativos ingleses, cem anos após os eventos iniciais.
Em ambas as produções, vale mencionar, nota-se a presença de personagens femininas fortes, que desafiam os estereótipos de gênero da época, sendo muitas vezes protagonistas em batalhas e grandes estrategistas. E a arqueologia prova que esse protagonismo feminino existiu para além da ficção.
Guerreira viking
Em 2019, uma equipe de pesquisadores britânicos reconstruiu o rosto de uma mulher encontrada em um cemitério viking no distrito de Solør, na Noruega.
Seus restos indicaram um ferimento na cabeça, o qual teria sido, muito provavelmente, causado por uma espada. Como destacou a arqueóloga Ella Al-Shamahi, em entrevista ao The Guardian naquele ano, esta seria a primeira evidência de uma mulher viking com feridas de batalha a ser encontrada.
A mulher foi enterrada com uma variedade impressionante de armas, incluindo flechas, uma espada, um machado e uma lança. Mesmo assim, Al-Shamahi destaca que, durante muito tempo, os restos mortais foram categorizados apenas como pertencentes a uma mulher, não, a uma guerreira.
Sua cova não era considerado um túmulo de guerreiro simplesmente porque quem estava dentro era uma mulher”, revelou a arqueóloga.
O resultado fascinante do estudo foi apresentado no documentário da National Geographic "Viking Warrior Women ".
Reconstrução
A tecnologia utilizada na reconstrução facial alocou os músculos e depois aplicou a camada de pele, resultando nas feições rústicas da guerreira.
“A reconstrução nunca é 100% fiel, mas é boa o suficiente para ser reconhecida por alguém que conhecia o indivíduo pessoalmente”, disse Caroline Erolin, pesquisadora da Universidade de Dundee, na Escócia, que liderou o projeto.
Caso anterior
Essa não foi a primeira vez que arqueólogos provaram a existência de guerreiras vikings. No ano de 2017, uma análise de DNA confirmou que o "Guerreiro de Birka, descoberto na Suécia na década de 1880", era, na verdade, uma mulher. Até então, historiadores assumiam que se tratava de um homem, devido ao sepultamento típico de um comandante.