Daiane dos Santos, da Dança dos Famosos, desabafou sério sobre racismo na TV
Caras
A ex-atleta olímpica Daiane dos Santos (39), uma das participantes da Dança dos Famosos 2023, é uma das personalidades brasileiras mais importantes quanto a seu trabalho no esporte nacional. No último ano, ela chamou atenção ao fazer um forte desabafo sobre o racismo.
Em participação no programa do Faustão, na Band, ela abriu o coração e lamentou o fato do racismo ainda ser muito forte no Brasil, mesmo em uma época na qual a informação está disponível com facilidade para as pessoas.
"O preconceito é uma erva daninha que queremos abolir do mundo. Estamos no mês de junho, da diversidade. Vemos isso e também uma onda frequente de casos de preconceito racial no esporte, que muitas vezes terminam com a impunidade. Mas as pessoas têm falado, não têm se calado. Com certeza vamos reverter esse quadro até acabar", desabafou.
Questionada por Faustão se o mundo olímpico também estava em evolução, a famosa garantiu que muitos atletas estão se posicionando de forma mais direta. "Vimos isso no ano passado, nos Jogos Olímpicos. O esporte é uma vitrine: na verdade, esse resultado da luta feminina vem acontecendo em todas as áreas. Tanto é que temos mulheres maravilhosas nos representando", respondeu Daiane.
Apesar do cenário problemático, Daiane se mostrou otimista e afirmou que a luta tem se tornado cada vez mais comum na mídia. "As pessoas têm falado muito, não têm se calado, e a gente vai conseguir reverter sim esse quadro", disse ela, que participou do The Masked Singer Brasil.
"A gente com certeza vai conseguir acabar com o preconceito, até porque a gente é 56%, quase 60% de pessoas negras, de pessoas pretas aqui e a gente ainda tem casos como esse acontecendo na história", finalizou.
CHOROU AO VIVO NA TV GLOBO
Vale destacar que durante a cobertura das Olimpíadas de Tóquio, em 2021, Daiane não segurou as lágrimas ao presenciar a vitória de Rebeca Andrade na disputa no torneio individual feminino de ginástica artística. A garota levou a medalha de prata, algo que até então era inédito para o país.
"Durante muito tempo as pessoas disseram que não poderia ter uma ginasta negra, que as pessoas negras não poderiam fazer alguns esportes. E a gente ter hoje a primeira medalha pra uma menina negra tem uma representatividade muito grande por trás de tudo isso", iniciou.
"É uma mulher, uma menina que tem uma origem muito humilde, foi criada por uma mãe solo, dona Rosa, porque o pai é vivo, mas não é presente. Aguentou tudo que aguentou, todas as lesões. E ta aí hoje, pra ser a segunda melhor atleta do mundo, uma brasileira. Olha… eu não consegui me expressar direito porque é muito difícil", disse Daiane à Galvão Bueno.