Flavia Monteiro, de Chiquititas, revela momento de crise após a pandemia: 'Precisei me recolher'
Caras
Aos 50 anos, a atriz Flavia Monteiro reflete sobre estar passando por uma verdadeira metamorfose em todas as áreas de sua vida. Após meses afastada das redes sociais e trabalhos, ela afirma que precisou do momento crise para cuidar de si e da família. "Precisei me recolher para poder me entender melhor nessa nova fase da minha vida. [Estou] voltando aos pouquinhos para sair do meu casulo."
Em conversa exclusiva com a CARAS Brasil, a atriz relembra que seu último trabalho foi na novela Gênesis, da RecordTV, que foi paralisada durante a pandemia de Covid-19. Apesar de ter conseguido um contrato longo na novela, Monteiro comenta que não sentia mais o "coração pulsar" por nenhuma das atividades que exercia e que passou a viver em um mundo paralelo à realidade.
"Nessa fase nada fazia meu coração pulsar, é como se eu entrasse em um momento de 'aposentadoria'. Até essa pausa foi importante para eu poder identificar qual era o vácuo que tinha acontecido dentro de mim. Às vezes a gente esquece da gente, toda crise é bem-vinda, faz parte, apesar de não ter sido fácil", completa a artista, que recentemente encantou os seguidores ao posar com Fernanda Souza, colega de elenco de Chiquititas.
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Agora, a artista se prepara para "virar borboleta e poder sair voando de novo" e já tem novos projetos em mente para o mundo da atuação –e também nas redes sociais. Nos palcos dos teatros, ela prepara uma homenagem aos 100 anos da atriz Virgínia Lane que deve sair em julho deste ano. A produção estreará no Copacabana Palace e terá Suely Franco ao seu lado, com direção de Claudia Netto.
Nos cinemas, ela faz suspense mas diz que já tem um projeto engatilhado, bem como uma produção infanto-juvenil no Globoplay, a qual não pode dar mais detalhes. Além disso, ela também voltou a trabalhar em seu documentário sobre a história da bailarina Ana Botafogo, um projeto pessoal que, segundo a artista, já está sendo trabalhado há cerca de 15 anos.
Abaixo, Flavia Monteiro fala mais sobre o momento de crise pelo qual passou, a reprise de Os Ricos Também Choram, o trabalho com as redes sociais e o remake de Pantanal, grande sucesso da Globo no ano de 2022. Leia trechos editados da conversa.
Agora você está no ar com a reprise de Os Ricos Também Choram. Você costuma rever seus trabalhos?
Não vi [a reprise]. Não tenho acompanhado nada na televisão. Praticamente andei vivendo em um mundo paralelo. Foi um trabalho bem diferente de tudo o que eu já tinha feito lá na casa [SBT], é uma boa oportunidade de poder rever o nosso trabalho lá atrás e poder ver tudo o que a gente já conquistou até aqui e matar a saudade também.
Você também esteve na primeira versão de Pantanal, que fez sucesso com o remake no ano passado. Você acompanhou?
Não acompanhei Pantanal, eu estava fora. Foi uma novela que trouxe uma forma diferente de fazer televisão, mostrando a parte externa, as paisagens. Eu gravava mais em estúdio, eu era a Dalvinha, que fazia par com o Jove e eu era a rival da Juma Marruá. Queriam levar meu personagem para o Pantanal, mas tinha recebido um convite da Bibi Ferreira para uma peça chamada Meno Male e queria uma atriz para fazer uma personagem. Como eu queria muito trabalhar com ela, eu pedi para ficar no Rio e não fui para o Pantanal. No fim, não fiz a peça e nem fui para o Pantanal. São escolhas da vida.
Quando foi sua última novela?
Meu último trabalho em novela foi em Gênesis, na Record, onde fiquei contratada por 13 anos. Saí, veio a pandemia, ficamos praticamente todo mundo em casa. Me chamaram para fazer a novela em novembro, acabaria no final de março, e aí veio a pandemia. Fui uma das que estenderam o contrato por mais um ano, fiquei praticamente a pandemia inteira contratada, sem poder trabalhar.
Qual a sua relação com as redes sociais?
A internet foi tomando um volume para todo mundo, e a gente acaba se vendo criando conteúdo para ela, e começa a vir com uma cobrança de ter que fazer mais e melhor para se superar. E hoje em dia eu acho que eu nem consigo acompanhar essa demanda. Agora você tem que fazer tudo, eu sou da época que era só entrar no estúdio e tinha uma equipe, cada um com a sua função. Para mim está sendo muito difícil acompanhar todo esse ritmo. Mas eu estava fazendo dinheiro [com publicidade], antes do meu sumiço. O processo é quase sufocante.