Fora da TV, Anderson Di Rizzi conta como comanda clínica e concilia atuação com rotina dos filhos
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Longe das novelas desde A Dona do Pedaço (Globo, 2019), Anderson Di Rizzi continua trabalhando à todo vapor. No comando do Instituto Rizzi, com projetos na área da atuação e equilibrando a rotina dos filhos, Helena e Matteo, ele conta à CARAS Brasil como é conciliar as jornadas.
"Por enquanto está tranquilo, a Taise [Galante], minha esposa, gerencia a clínica e eu estou sempre por lá. Quando viajo a trabalho com a peça ela dá um jeito com as crianças", diz Anderson Di Rizzi, citando seu recente trabalho Um Beijo em Franz Kafka. "Temos dois filhos e a gente nunca teve babá, então a gente se vira nos 30."
O artista coloca os pequenos para dormir cedo, no máximo 20h e costuma acordar às 5h para começar o dia cuidando do corpo e da mente. Para ele, o fluxo mais tranquilo no trabalho artístico o permitiu explorar sua espiritualidade e ter mais tempo em família, além de abrir portas para o trabalho na clínica.
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Di Rizzi explica que sempre foi bastante ligado à saúde, porém, a relação se tornou mais intensa ao começar a trabalhar no filme O Segundo Homem. O longa metragem exigiu uma rotina incisiva de treinos, dieta e sono —o que acabou trazendo benefícios para o ator e se tornando uma rotina.
Com o acompanhamento de um nutrólogo, ele passou a fazer o processo de reposição hormonal. "Eu já havia tomado hormônio de forma negligente quando era moleque e sempre tive muito preconceito. Por ignorância e falta de informação, voltei a tomar com 40 anos para fazer o filme. Vi que a minha vida mudou muito, também no sentido emocional, tudo melhorou, libido, tudo o que você imaginar."
Com o fim do filme, ainda durante as gravações de A Dona do Pedaço, o artista decidiu não parar os treinos e dietas, então surgiu a ideia de levar o tratamento para mais pessoas. Assim nasceu o Instituto Rizzi, localizado em São Paulo. "Lá eu consigo ajudar mais pessoas. Estou nesse propósito há cinco anos."
O ator pretende continuar empreendendo na área da saúde e tem como plano expandir ainda mais a clínica. Seu objetivo é fazer com que o tratamento chegue cada vez para mais pessoas, independente do poder aquisitivo.
Para além do empreendedorismo, o ator diz que tem vontade de voltar a fazer novelas, e conta seus novos projetos na área da atuação, além da peça Um Beijo em Franz Kafka. "Começo ensaiar outra [peça] em breve, tô produzindo um filme e rodo outro próximo ano. Também rodei um filme nos EUA, fiquei mais de um mês rodando no ano passado. Estreia dia 25 de janeiro."
Abaixo, Anderson Di Rizzi dá mais detalhes da rotina com os filhos e esposa, explica os planos para o Instituto Rizzi e também abre o jogo sobre sua relação com as redes sociais. Confira trechos editados da conversa com o artista.
Como tem sido conciliar o Instituto Rizzi e a carreira artística?
Por enquanto está tranquilo, a Taise, minha esposa, gerencia a clínica e eu estou sempre por lá, mesmo quando viajo a trabalho com a peça ela dá um jeito com as crianças. Temos dois filhos e a gente nunca teve babá, então a gente se vira nos 30. A gente bota eles para dormir cedo, no máximo 20h já estão dormindo. Eu gosto de acordar cedo, meu dia acaba rendendo muito. Acordo geralmente 5h da manhã, faço minhas orações, começo o meu dia quietinho.
Você tem vontade de se especializar na área da saúde ou empreendedorismo?
A ideia do Instituto Rizzi é crescer e expandir muito. Quero empreender na área da saúde, dentro desse segmento de reposição hormonal, sempre com o pensamento de levar para as pessoas qualidade de vida. Você consegue prevenir doenças se fizer uma reposição adequada. A minha ideia, daqui a pouco, é fazer com que isso tenha fácil acesso para todo público.
Você está no Star+ com o filme O Segundo Homem, que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Ator em Madrid, no Festival de Cinema Madriff 2022. Como foi receber esse título?
Não esperava, a gente sonha, mas não espera. Veio meio de repente [o prêmio]. Eu nunca deixo de acreditar que as coisas vão dar certo e Deus vai abençoar. Sempre fui assim, não sou uma pessoa que fica murmurando e reclamando. As coisas vem no tempo certo, e tenho certeza que não vai ser meu único prêmio internacional. O prêmio não me faz melhor do que ninguém, ele apenas me destacou naquele projeto. Sempre recebo, agradeço, fico lisonjeado, mas pé no chão.
Apesar de ter feito o filme premiado, o ritmo de sua carreira artística diminuiu um pouco nos últimos anos. Foi uma escolha para focar no Instituto?
Sou uma pessoa que sempre agradece pelas coisas que acontecem. Eu sempre procuro entender isso como um treinamento para outras coisas. Tive mais tempo para me espiritualizar mais, me envolver mais com Deus junto com a minha família, estar mais com os meus filhos, viajar mais.
Nas internet, você mostra cliques do dia a dia e também faz publicações sobre seus trabalhos. Como é a sua relação com as redes sociais?
Posso aparecer mais na rede social, como sou muito discreto com a família, acho que tinha que me empenhar mais e aparecer mais. Eu fico preservando muito, mas às vezes as pessoas gostam de ver. Sou mais discreto, até a Taise fala que eu tinha que aparecer mais, mas não falando, de repente mostrando mais as coisas que eu estou fazendo.