Prisão, drogas e programas: a difícil vida da ex-chacrete Índia Potira em comunidade
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A morte da ex-chacrete Índia Potira nesta semana aos 76 anos deixou o público abalado. Isso porque ela já havia enfrentado uma série de problemas nos últimos anos e contou sua história em participações em programas de televisão.
Há cinco anos, ela participou do Domingo Show, na Record TV, e contou que chegou a fazer programas em troca de seu sustento. "Eu vou falar porque a minha vida é um livro aberto. Na época de chacrete, saí com homens para ganhar dinheiro. Foi por necessidade. A gente tinha uma pessoa que ajudava, mantinha", contou.
Potira também disse que foi usuária de drogas e chegou a ser presa. "Aos 30 anos, me apaixonei por um bandido e usei maconha, cocaína. [Mas] Sempre tive recaídas. Usei drogas pela última vez não tem muito tempo, não, por causa de problemas em família, em casa. Foi uma recaída. Não sou hipócrita", desabafou, sob lágrimas, logo em seguida.
A chacrete passou os últimos de vida morando em uma comunidade no Rio, o Morro da Babilônia. "Passo [necessidades]. Mas melhorou bastante com a aposentadoria", concluiu ela na época. A dançarina morou no local até a sua morte.
MORREU AOS 76 ANOS
Maria da Glória Aguiar da Silva, como foi batizada, estava lutando há alguns anos contra um câncer. Amigos e familiares se despediram da dançarina em publicações redes sociais na terça-feira, 11.
O velório acontece no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio. Nos últimos anos, ela vivia na Comunidade da Babilônia, no bairro do Leme, Zona Sul carioca. Ainda de acordo com informações, ela estava enfrentando dificuldades financeiras.
Índia Potira foi colega de Rita Cadillac, Estrela Dalva e Vera Furacão, Gracinha Copacabana e Cléo Toda no histórico Cassino do Chacrinha. A ex-bailarina deixa duas filhas, netos e bisnetos. Nos anos 80, elas estavam entre as mulheres mais desejadas do Brasil e estrelavam as capas de revista.