Quem é o médico brasileiro que pode mudar a vida de Claudia Rodrigues?
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Diagnosticada com esclerose múltipla há mais de 15 anos, Claudia Rodrigues (52) está se preparando para realizar um tratamento que pretende mudar sua vida. Marcado para o primeiro semestre de 2023, o procedimento faz parte de um estudo encabeçado pelo médico brasileiro Marc Abreu, pesquisador da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Claudia afirmou que está cheia de expectativas para ver o resultado do procedimento. Em entrevista para a coluna Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela disse: "Vou me curar. Essa cirurgia vai sarar minhas sequelas. É genial".
A técnica é realizada por uma empresa de tecnologia médica, sediada na Flórida (EUA), responsável por desenvolver soluções pioneiras baseadas na termodinâmica cerebral, temperatura do cérebro e frequências termorregulatórias.
De acordo com a companhia, o valor do tratamento varia entre 36 mil a 50 mil dólares por cada indução, variando de caso para caso. Segundo o site Notícias da TV, para o tratamento, a atriz terá que desembolsar o valor de R$ 26,5 milhões.
MAS AFINAL, QUEM É O MÉDICO?
Formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o médico Marc Abreu ficou conhecido internacionalmente por desenvolver o método que utiliza uma tecnologia focada na indução de proteínas de choque térmico. O procedimento promete restaurar a função cerebral de pacientes com problemas neurológicos como esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson.
Especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias, Marc começou a chamar atenção da medicina internacional após iniciar seu estudo neurológico há anos em Harvard. O estudo então o levou a patentear o "sistema Abreu BTT 700", aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador norte-americano semelhante à Anvisa no Brasil.
O túnel térmico cerebral foi descoberto pelo médico e os direitos sobre as diferentes tecnologias baseadas na descoberta atualmente pertencem exclusivamente à empresa btt Corp. Ao longo dos últimos 15 anos, a técnica tem sido aplicada em diversos pacientes nos Estados Unidos.
"Há pessoas que já não andavam mais, usavam scooter (...) Elas voltaram a andar. O médico descobriu que pessoas com doenças degenerativas têm o canal entre os olhos, acima do nariz, obstruído. Então, não há refrigeração para o cérebro. As células vão morrendo", disse Adriana Bonato (48), esposa de Claudia.
"Ele mapeia o corpo, vê o que falta de vitaminas, etc, para poder equilibrar a pessoa. Depois da coleta dessas informações, o paciente fica dentro de uma máquina, como se fosse um forno, com um capacete que recebe ondas eletromagnéticas, estímulos neurais. (...) É tudo feito através de um software. Há regeneração do que foi degenerado. A melhora é instantânea", completou.