Rafa Brites não leva babás para Disney e justifica: “medo de criar bobões”
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A ex-contratada da TV Globo, Rafa Brites, levou os filhos para o mundo mágico da Disney. No entanto, a viagem já está causando questionamento por parte dos seguidores, que perceberam que ela e Felipe Andreoli não levaram nenhuma funcionária para ajudá-la com os dois filhos.
"Quantas mensagens vocês vão me mandar perguntando o motivo de eu não ter chamado uma colaboradora para me acompanhar na viagem? Recebi mais de 200 DMs sobre isso. Primeiro, não estou fazendo nada demais. Isso é uma questão muito complexa da branquitude e da mulher dentro de uma elite. É como se a pessoa fosse inapta. Não sei lavar uma roupa, uma louça, limpar um banheiro, cuidar de duas crianças e trocar uma fralda? Tenho prazer em fazer isso com minha família", começou.
Ela ainda disse que a situação é muito mais complexa do que parece. "Não romantizo porque, não vou ser hipócrita, no cotidiano, eu não faço. Já fui uma pessoa que falava 'que mulher!'. Não. É falta de rede de apoio, desse parceiro que não ajuda na casa, desse governo que não dá uma creche decente para você ter segurança... são várias questões", completou.
Brites também afirmou que para os filhos criarem independência, as regalias não devem estar presentes a todo o tempo, assim como funcionários.
"Recebi várias vezes na minha caixinha de perguntas 'Nossa, você está indo de econômica?'. Juro. É como se tivesse um imaginário em cima das influenciadoras. Eu tento não criar. Mesmo se você tem oportunidades financeiras, dar do bom e do melhor não é só aquilo que o dinheiro compra, mas fazer essa criança entender quem ela é, ter autonomia, saber se virar, olhar o mundo ao redor. É um desafio. Sem romantizar a pobreza, nada a ver com isso. Mas é criar crianças aptas a viver. Até porque a criança vê inaptidão nos próprios pais. 'Esse cara não sabe lavar uma louça e uma roupa?'. Meu maior medo como mãe é criar uns bobões, ainda mais que tenho dois filhos homens. E, gente, estou na Disney. Olha o país em que a gente vive. Isso aqui já é o privilégio do privilégio. Isso é uma coisa bem brasileira, de resquício da escravidão... É quase um fetiche ter pessoas te acompanhando", concluiu.