Serginho Orgastic, do BBB 10, diz que prefere reality de antigamente: 'Raiz'
Caras
"Eu prefiro o reality antigamente, quando era raiz. Hoje em dia não pode fazer nada porque as pessoas são canceladas". A frase é de Serginho Orgastic (34), um dos participantes mais marcantes do BBB, que esteve na casa mais vigiada do Brasil na 10ª temporada do programa. Para ele, o tribunal da internet torna a experiência ainda mais difícil.
Ele acrescenta que, apesar de achar o BBB mais moderno e bonito visualmente, sente que os confinados pensam muito antes de tomar qualquer ação por medo do julgamento de fora. "É muito mais complicado estar em um reality show. Antigamente, a gente podia fazer tudo sem pensar", acrescenta à CARAS Brasil.
Serginho deixou a casa apenas uma semana antes da final da temporada, que consagrou Marcelo Dourado campeão. Ele, que foi convidado por Boninho para participar da edição, conta que decidiu mudar seu visual antes do confinamento, para que o Brasil pudesse ver sua essência por trás das fotos sucesso do Fotolog (site de fotografias desativado em 2019).
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"Eu já tinha o visual andrógeno naquela época, mas eu mudei. Não porque pediram, porque eu quis. Eu quis mostrar minha essência, eu era muito mais que aquilo", afirma. "Eu quis que as pessoas vissem quem realmente eu era."
A ideia funcionou e Serginho se tornou um dos grandes nomes de todas as edições do BBB. Hoje, ele diz que o programa foi um verdadeiro divisor de águas, tanto profissionalmente quanto na vida pessoal. Para o futuro, ele pretende continuar tocando seus negócios, inclusive o Hotel Vale do Encantado, que tem com o pai e o irmão em Guararema, e outra empresa em São Paulo.
"Na parte artística, quero trabalhar cada vez mais com grandes marcas", completa. Abaixo, Serginho Orgastic relembra sua passagem pela casa do BBB, comenta as mudanças em sua vida após o reality e ainda dá dicas para anônimos que queiram viver a experiência. Leia trechos editados da conversa.
Qual foi seu maior desafio no BBB?
Meu maior desafio na edição foi o confinamento, não sabendo o que estão pensando sobre mim. Eu era um garoto diferente, eu não sou padrão. Não era e não sou um gay padrão. Estar lá com pessoas padrões, com beleza e estilo padrão, foi um desafio. Eu não sabia como as pessoas iam enxergar meu estilo, minha orientação sexual, meu jeito e a forma que eu me expressava. Existem inúmeros preconceitos, ainda mais naquela época em 2010. Por isso, eu tenho muito orgulho, porque eu quebrei vários paradigmas, vários tabus. Hoje em dia é muito fácil. A saudade da minha família também foi muito difícil, eu nunca tinha ficado três meses longe da minha mãe.
Qual dica você daria para um anônimo que quer entrar no reality?
A dica que eu dou é ser diferente, e não falando visualmente. Você precisa mostrar um diferencial, todo mundo que está lá dentro tem. Ninguém quer assistir pessoas ‘comuns’, digamos assim. Você precisa ser uma pessoa de muita iniciativa, que fale na cara, que manipule o jogo… Você precisa ter um destaque lá dentro. Você tem que mostrar as suas qualidades mesmo, e até seus defeitos –que podem se tornar uma qualidade no jogo. Você não pode ser clichê, se for clichê, você não entra.
Você participaria de novo do BBB?
Sim, mas dessa vez eu iria para jogar. Eu não seria o Serginho mundo à passeio como eu estava naquela época. Eu não joguei nada, estava passeando lá, mas esse grande passeio me trouxe grandes frutos. Eu iria com o foco principal de ganhar o jogo. Mas eu não mudaria nada do que eu fiz em 2010.
Como o BBB mudou sua vida?
O BBB mudou muito minha vida, tanto da parte psicológica quanto da financeira. O confinamento me fez ter uma compreensão muito maior sobre o meu verdadeiro eu. Eu era muito infantil e crianção em muitos aspectos, consegui crescer muito a partir dessa experiência. Não sei como tem gente que se arrepende de ter entrado. Para mim, me enriqueceu emocionalmente. E na parte financeira me ajudou a ter essa independência.