Vivienne Westwood defendeu mais liberdade e sensualidade ao Brasil; entenda
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Ícone da moda internacional, a estilista Vivienne Westwood (1941-2022) nunca negou seu lado transgressor. Conhecida por ser uma das personalidades que marcaram a moda punk e new-wave, ela defendeu que o Brasil apostasse na liberdade e sensualidade natural de seu povo.
Em entrevista concedida à revista Rolling Stone, ela comentou sobre o então lançamento de sua coleção para a Melissa, em 2008. Sempre dando opiniões fortes e questionando o mercado da moda, Vivienne disse que a imprensa tem um papel importante na formação de consumidores e tendências.
"O Brasil tem sorte no sentido de não possuir grandes conglomerados de moda que, em última instância, influenciam a opinião dos críticos. A imprensa tem papel importante em formar consumidores, apresentar-lhes uma postura diferente e informá-los da verdade", disse.
Ainda durante o bate-papo, Vivienne falou sobre sua relação com o país e como acreditava ser o futuro da moda do Brasil. Segundo ela, o país deveria "abraçar a liberdade".
"Até onde posso ver, daqui de Londres, e por causa do meu diretor que passa muito tempo aí, é um país de múltiplas oportunidades devido a sua grande extensão e sua juventude. Mas acho que vocês deviam adotar os valores europeus - e não os norte-americanos - e abraçar de vez sua liberdade e sensualidade inatas por meio das roupas", finalizou.
MORTE CONFIRMADA
O falecimento de Vivienne Westwood foi anunciado através de uma postagem no seu perfil do Instagram. Aos 81 anos, a estilista aproveitou seus últimos momentos ao lado da família, enquanto trabalhava em um livro.
"Vivienne Westwood morreu hoje, pacificamente e cercada por sua família, em Clapham, no sul de Londres. Vivienne continuou a fazer as coisas que amava, até o último momento, projetando, trabalhando em sua arte, escrevendo seu livro e mudando o mundo para melhor. Ela levou uma vida incrível. Sua inovação e impacto nos últimos 60 anos foram imensos e continuarão no futuro", informaram.