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Animação da Disney tem trama de personagem transgênero alterada; entenda
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Animação da Disney tem trama de personagem transgênero alterada; entenda

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Cinebuzz
19/12/2024 16h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/16423446/original/open-uri20241219-17-qk9fg6?1734624356
©Divulgação/Pixar
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A série animada Ganhar ou Perder(Win or Lose, no original), desenvolvida pela Pixar, sofreu alterações significativas na trama de uma de suas personagens transgênero. A informação foi confirmada pela própria Disney, na última terça-feira (17).

Do que se trata a série?

Programada para estrear em fevereiro, a série gira em torno de um time misto de softball de alunos do ensino fundamental e narra a contagem regressiva para o jogo do campeonato, com cada episódio apresentando a perspectiva de um personagem diferente.

Embora a personagem transgênero continue presente na narrativa, algumas falas vinculadas à sua identidade de gênero, parte integrante de um arco que se desenrolava nos episódios finais da série, foram suprimidas.

A decisão

A empresa justificou a alteração afirmando que muitos pais e mães preferem abordar temas relacionados à identidade de gênero com as suas crianças no seu próprio tempo. Contudo, esta explicação foi amplamente criticada por ativistas e fãs, que a consideraram um retrocesso nos esforços por maior inclusão e representatividade LGBTQIA+, inclusive pela dubladora Chanel Stewart.

Desde o momento em que recebi o roteiro, fiquei animada por poder partilhar o meu percurso para ajudar a capacitar jovens trans. Sabia que essa seria uma conversa muito importante. As histórias trans são importantes e merecem ser ouvidas,” afirmou Stewart, expressando desânimo com a decisão da Disney.

Pressão de grupos conservadores

Nos últimos anos, a Disney tem enfrentado críticas recorrentes de grupos conservadores pela inclusão de personagens e narrativas LGBTQ+ em suas produções voltadas para a família. Em 2022, o estúdio lançou Lightyear, que apresentava um beijo entre pessoas do mesmo sexo, além de Strange World, cuja história central incluía um adolescente gay.

No mesmo período, Bob Chapek, então CEO da Disney, enfrentou intensa pressão ao hesitar em condenar uma legislação anti-LGBTQ+ na Flórida. Sua eventual declaração foi considerada por um sindicato dos empregados como um "erro grave de julgamento".

Com o retorno de Robert A. Iger ao cargo máximo da companhia no final de 2022, ele observou que algumas produções do estúdio estavam excessivamente politizadas e ordenou uma revisão nas iniciativas em andamento.

Fonte: Variety

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