Juliana Alves detalha imersão no universo da neurocirurgia para filme: ‘Deixa sua vulnerabilidade vir à tona’
Cinebuzz
A atriz Juliana Alves (Volta por Cima) está no elenco de Fé para o Impossível, novo filme do diretor Ernani Nunes (NoRitmo de Fé), baseado em uma história real e que chega às salas de cinema nesta quinta-feira (13).
Na trama, a atriz interpreta a Dra. Vera, que cuidou do caso de Renee Eliott Murdoch (Vanessa Giácomo, Beleza Fatal), pastora americana agredida com um pedaço de madeira por um homem em situação de rua na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
O longa acompanha a recuperação surpreendente rápida de Renee, que ficou internada em estado gravíssimo e tinha perspectivas mínimas de cura após o ataque. A pastora recebeu apoio da família e do marido, Philip (Dan Stulbach, Ainda Estou Aqui), que compartilhou sua luta com o mundo, na esperança de reunir o máximo de pessoas possíveis em oração pela sua recuperação.
Para interpretar a médica que testemunhou que cuidou de Renee, a atriz mergulhou no universo da neurocirurgia. “Me fez respeitar ainda mais, não só os neurocirurgiões, mas toda a equipe médica envolvida nesse trabalho. É legal, como atriz, ter um período curto para trabalhar sutilezas, relações profissionais, mas que estão ali, de certa forma, afetadas por um envolvimento inevitavelmente emocional", disse em entrevista ao CineBuzz.
Foi bonito ver o depoimento da doutora Vera sobre o fato de ela saber que estudou muito, que tem muito conhecimento, mas tem que admitir que tem coisas que realmente não controla. Isso pode ser muito bonito quando deixa a sua vulnerabilidade vir à tona".
Além disso, Juliana também pesquisou outros casos que impressionaram a medicina e conviveu com profissionais da área para o papel. "Busquei todos os tipos de relatos, até para ela ter essa seriedade, porque você lida ali com vida ou morte”, relatou. “Nessa história, conseguimos ter uma parceria que vai se estabelecendo entre a ciência, a coisa cética e a fé. Foi muito inspirador e importante para mim também entender esses atravessamentos, e como esses profissionais revelaram, não tão abertamente, mas deixaram-se revelar, como eles também contam com esse trabalho da fé para a realização do trabalho deles, muitas vezes”.
Para Ernani Nunes, a oportunidade de contar uma história biográfica que fala sobre fé e superação, que pode inspirar e levar esperança para o público, foi o motivou a aceitar dirigir o projeto.
Eu gostaria de contar essa história para que servisse de inspiração para muita gente que acredita que o caso está perdido, ou que não acredita numa recuperação de algum ente querido que está no hospital ou que está entre a vida e a morte", garantiu.
A artista também se emocionou ao ver o amor incondicional, insistente e persistente de Philip por Renee e pelos filhos, que nunca se deixou perder a esperança, mesmo quando soube que a esposa tinha chances mínimas de sobrevivência. "A forma que ele foi aprendendo que nem sempre a gente, quando a gente quer muito uma coisa que é muito positiva, tomamos as atitudes todas corretas. Mas, o mais importante é você seguir atento a todas essas coisas que acontecem e se permitir, através da troca, da escuta, rever o seu curso, a sua conduta, e ir moldando a partir das necessidades. E é nessa história dessa família que isso acontece".
Ele tem um amor muito grande por essa mulher, ele precisa se agarrar na fé para transformar essa situação, e, ao mesmo tempo, ele toma atitudes com os filhos que ele reflete sobre a conduta dele. E é muito bonito ver esse processo de observação, escuta, com muito amor, sabe?".
"Com muito amor, e nem sempre com amor, a gente faz as coisas certas. E é bonito quando a gente percebe os personagens conhecendo isso", completou.
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