"O Lado Bom de Ser Traída", "Ninfomaníaca" e mais filmes que exploram o sexo
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No Brasil, neste dia 6 de setembro, é celebrado o Dia do Sexo. Se você não tem vivido em uma caverna nos últimos anos, deve ter acompanhado o sucesso estrondoso das franquias eróticas, "Cinquenta Tons de Cinza", que aborda o sadomasoquismo e a dominação em meio a um romance; e, mais recentemente, "365 Dias", polêmica produção da Netflix, recheada das mais ousadas cenas de sexo.
Porém, esses não são os principais e, muito menos, os únicos filmes a colocarem o sexo como destaque em suas narrativas. São muitas as histórias que utilizam a prática das formas mais diversas, seja para ilustrar romances, abordar vício, desejos ou comportamentos inerentes ao ser humano. A seguir, confira sete filmes que exploram o sexo:
O Lado Bom de Ser Traída
Em breve, a Netflix lança "O Lado Bom de Ser Traída", novo filme erótico da plataforma de streaming estrelado por Giovanna Lancellotti ("Ricos de Amor") e Leandro Lima ("Pantanal"), que promete nos fazer esquecer de produções como "Cinquenta Tons de Cinza" e "365 Dias".
O longa é baseado no livro homônimo de Sue Hecker e acompanha Babi (Lancellotti), que descobre uma traição de seu companheiro de longa data e decide embarcar em uma nova aventura na vida. Nessa jornada, ela conhece o juiz Marco (Lima) e eles passam a viver uma história permeada por muita tensão sexual.
Closer: Perto Demais
Lançado em 2004, "Closer: Perto Demais", longa de Mike Nichols ("A Primeira Noite de um Homem"), é estrelado pelo quarteto de estrelas hollywoodianas Julia Roberts ("Uma Linda Mulher"), Clive Owen ("Filhos da Esperança"), Jude Law ("Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore) e Natalie Portman ("Thor: Amor e Trovão"). A história acompanha as mentiras, paixões, traições e frustrações desses personagens, mas um em especial merece destaque: o personagem de Owen, Larry.
Se ele assistisse a "365 Dias" ou "Cinquenta Tons de Cinza", provavelmente diria que sua vida amorosa é muito mais interessante que ambos. Um renomado médico, mas ávido por sexo, Larry dá importância ao ato como nenhum outro personagem do filme.
Ele vai do sexo virtual à curiosidade de saber nos mínimos detalhes como foi o sexo entre sua esposa e o seu amante, um dos momentos mais marcantes do filme. Ah, e também há uma cena em uma boate com a personagem de Portman que exala tensão sexual.
Shame
Enquanto "365 Dias" e "Cinquenta Tons" glamourizam o sexo, "Shame" vai na contramão. Brandon, interpretado por Michael Fassbender ("X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido"), é um homem de 30 e poucos anos, bem-sucedido, mas solitário, que não pensa em manter um relacionamento com ninguém. Sua vida se resume à busca do prazer sexual, nas ruas, no trabalho ou na internet, com mulheres ou mesmo homens.
O diretor Steve McQueen ("12 Anos de Escravidão") explora o sexo não como algo prazeroso, mas como um vício doentio. Não há sedução, apenas a degradação daquele homem refém de seus desejos. Um filme potente, que ainda inclui uma famosa cena de nu frontal protagonizada por Fassbender.
Desejo e Perigo
Esse belo drama de Ang Lee ("O Segredo de Brokeback Mountain"), traz Tony Leung ("Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis") no auge da beleza como um oficial que trabalha para o governo japonês em Shanghai, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em seu caminho surge uma agente secreta, que recebe uma missão: seduzir e assassinar o oficial. No entanto, ela se apaixona e ambos vivem um intenso e perigoso caso de amor. O romance rende cenas de sexo tão realistas que, na época de lançamento, muitos chegaram a acreditar que os atores realmente chegaram aos finalmentes.
Ninfomaníaca
Apesar do realismo de "Desejo e Perigo", ele ainda não é tão realista quanto "Ninfomaníaca", filme de Lars von Trier lançado em dois volumes. Para a realização do filme, o polêmico diretor contou com próteses penianas e atores da indústria sexual para atuar em cenas de sexo explícito.
"Ninfomaníaca" é um filme que se assemelha ao vício por sexo de "Shame", mas que, ao contrário do longa de McQueen, explora o sexo sem qualquer pudor, de maneira até cruel em alguns momentos, distante da romantização de fetiches presente em produções como "365 Dias" e "Cinquenta Tons de Cinza".
Greta
Longa nacional, "Greta" é protagonizado por Marco Nanini, o "popozão" de "A Grande Família", como o enfermeiro Pedro, de 70 anos, que trabalha em um hospital público. Sua melhor amiga é Daniela (Denise Weinberg), uma artista transsexual que enfrenta graves problemas de saúde.
Quando Daniela precisa ser internada, mas não encontra leito disponível, Pedro sequestra um paciente recém-chegado, Jean (Démick Lopes), e o abriga em sua casa. Inicialmente, o enfermeiro tem medo do rapaz, um tanto agressivo e que se esconde da polícia por ter assassinado um homem a facadas. Depois, nasce entre eles uma relação de cumplicidade e afeto.
O filme explora o sexo na terceira idade de maneira bastante sensível, com uma curiosidade que é até ingênua: durante as suas relações, o personagem de Marco Nanini gosta de ser chamado de Greta Garbo, atriz sueca, ídolo do cinema nos anos 1920 e 1930.
Shortbus
O diretor John Cameron Mitchell ("Hedwig: Rock, Amor e Traição") levou quase três anos para realizar "Shortbus", um dos filmes que melhor celebra o sexo em todas suas formas possíveis, inclusive com cenas explícitas de sexo a dois, a três, em grupo, entre casais héteros, gays e muito mais.
Na história, Sofia (Sook-Yin Lee) é uma terapeuta de casais que nunca teve um orgasmo. Entre seus pacientes estão James (Paul Dawson) e Jamie (PH DeBoy), que mantêm uma relação e pensam em dar passos maiores no namoro. Há ainda Severin (Lindsay Beamish), uma dominatrix que mantém sua vida em segredo e não se abre para as pessoas. Eles se encontram regularmente no Shortbus, um clube underground onde arte, música, política e sexo se misturam.
Esqueça as coreografias e o sexo falso de "365 Dias" e "Cinquenta Tons de Cinza": o roteiro de "Shortbus" se inspira na história dos próprios atores, muitos deles não profissionais, que improvisam e nos presenteiam com diversas cenas reais de orgasmos.
Do Começo ao Fim
Na época do seu lançamento, lá em 2009, "Do Começo ao Fim", de Aluizio Abranches ("Um Copo de Cólera"), causou polêmica e chamou a atenção por diversos motivos: primeiro, por retratar uma história de amor entre dois homens, algo ainda bastante incomum no cinema brasileiro; segundo, por esses homens, na história, serem meio-irmãos; e, terceiro, por colocar os galãs Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos, ainda em início de carreira, para interpretá-los.
Na história, após o casamento de seus pais, Thomás (Cardoso) e Francisco (Vasconcellos) acabam se tornando bastante próximos e crescem unidos em uma família idílica e feliz. No entanto, quando eles chegam à juventude, o relacionamento se torna ainda mais íntimo e, apaixonados, eles se envolvem romântica e sexualmente.
"Do Começo ao Fim", embora retrate uma relação condenada desde o princípio, é conduzido por Abranches para mostrar, acima de tudo, uma história de amor quase utópica e nada conservadora, com o cineasta optando por tratar o incesto e a homossexualidade sem tabus.
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