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Sim, "Barbie" é realmente tudo isso | #CineBuzzIndica
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Cinebuzz
18/07/2023 23h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15667630/original/open-uri20230718-18-g1alrq?1689722788
©Divulgação/Warner Bros. Pictures
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Até pouco tempo atrás, "Barbie" mal tinha uma história, mas já era considerado o "filme do ano". O que sabíamos é que a produção seria estrelada por Margot Robbie ("O Esquadrão Suicida"), acompanhada por Ryan Gosling ("Drive") e um elenco repleto de rostos conhecidos, e com Greta Gerwig("Adoráveis Mulheres") no roteiro e na direção.

Aparentemente, a combinação foi boa o suficiente para elevar a expectiva das pessoas às alturas. Cada nova foto, trailer ou, literalmente, qualquer coisa sobre o longa já era motivo para euforia. E, agora, com o filme estreando nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20), a pergunta que fica é: "Barbie" é realmente tudo isso?

O que acontece em "Barbie"?

Na história, a boneca mais famosa do mundo vive em um mundo perfeito, a Barbielândia, onde as Barbies se regojizam com o seu feito no mundo: o de empoderar mulheres no Mundo Real para serem médicas, advogadas, cientistas, astronautas, presidentes e, essencialmente, o que quer que elas queiram ser.

Enquanto isso, os Kens, vividos não só por Ryan Gosling, mas também por Simu Liu ("Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis"), Kingsley Ben-Adir ("Invasão Secreta"), Scott Evans ("Grace & Frankie") e Ncuti Gatwa ("Doctor Who"), transitam pela Barbielândia em busca de seu grande objetivo, que é conquistar a atenção das Barbies, na pele de Margot Robbie, além de Issa Rae ("Insecure"), Emma Mackey ("Sex Education"), Hari Nef ("The Idol") e Alexandra Shipp ("Tick, tick... BOOM!").

Porém, toda essa perfeição começa a desmoronar quando a Barbie Esteriotipada, a Barbie de Robbie, começa a ter pensamentos sobre a morte. No dia seguinte, ela acorda com mau hálito, sofre ao tomar um banho frio, tem um café da manhã indigesto com torrada queimada e leite azedo, cai do telhado ao tentar sair de sua Casa dos Sonhos e, para coroar a situação, descobre que não consegue mais ficar na ponta dos pés.

Para resolver o problema, Barbie precisa viajar até o Mundo Real e entender o que está acontecendo. Com Ken em sua cola, ela deixa Barbielândia apenas para descobrir que o mundo pós-Barbie não é tão perfeito quanto ela sempre achou e, na verdade, ele é comandado por homens tão medíocres quanto Ken, o que acaba empoderando o boneco, que decide implantar o patriarcado na Barbielândia e tomá-la para si.

"Barbie" é realmente tudo isso?

Sim, "Barbie" é realmente tudo isso. O longa aborda o papel da mulher na sociedade, a luta contra o patriarcado e a desigualdade de gênero, entre outros assuntos atuais e pertinentes, mas não espere uma abordagem inédita e revolucionária, porque ela não existe. Acima de tudo, "Barbie" é um filme feito para divertir e não educar os espectadores.

Ainda assim, o roteiro de Gerwig, em colaboração com o marido da diretora, o cineasta Noah Baumbach ("A Lula e a Baleia", "Ruído Branco"), consegue nos fazer sentir o peso de ser uma mulher em um mundo patriarcal, o que adiciona uma carga dramática ao longa e torna mais profundo. Há o momento para se divertir, mas também há momentos para refletir sobre o que está sendo apresentando e nenhum sobrepõe o outro.

"Barbie" ainda conta com uma produção de arte incrível, que conseguiu capturar os mínimos detalhes do que é brincar de Barbie. Porque é isso que o filme realmente é: uma grande brincadeira de Barbies. Por isso, as cenas em Barbielândia são bastante lúdicas e, muitas vezes, irreais, porque não há limites para a imaginação de uma criança. 

Margot Robbie, no papel da Barbie principal, se junta a essa mistura como a encarnação perfeita da boneca. Ela é ingênua, bondosa, amigável, firme e decidida não só sobre o que quer, mas também sobre o que precisa fazer para ajudar os outros.

E, quando ela "quebra", é doloroso vê-la sofrendo, porque apesar de ser a Barbie Esteriotipada - loira, magra e com uma beleza exuberante, o contrário de tudo o que se espera em um mundo com mais diversidade -, nós já estamos apaixonados por seu bom coração e suas intenções genuínas.

Além de Robbie, o seu colega de cena, Ryan Gosling, cria um Ken quase melancólico, cujo único objetivo é ter a sua admiração por Barbie retribuída. Mesmo quando ele viaja para o Mundo Real, descobre o patriarcado e decide instaurar o "regime" na Barbielândia, isso não o transforma em um vilão, porque fica claro que, tudo aquilo, na verdade é uma forma de chamar a atenção de Barbie e, quem sabe, conseguir o que quer.

Por fim, vale destacar também as atuações de Simu Liu, Issa Rae, Sharon Rooney ("My Mad Fat Diary"), Kate McKinnon ("Saturday Night Live"), Michael Cera ("Scott Pilgrim Contra o Mundo"), que brilham mesmo com participações reduzidas, e America Ferrera ("Ugly Betty"), que tem um monólogo poderoso em uma cena decisiva do longa.

"Barbie" é um daqueles casos raros em que tudo simplesmente funciona muito bem. É uma divertidíssima comédia, típico blockbuster, mas também é cheia de razão e, especialmente, coração. É realmente o filme do ano. E você não vai querer perder.


Para qual lançamento de 2023 você está mais ansioso? Vote em seu filme favorito!

  • "Missão Impossível: Acerto de Contas - Parte 1" (13 de julho)
  • "Barbie" (20 de julho)
  • "Oppenheimer" (20 de julho)
  • "Ursinho Pooh: Sangue e Mel" (10 de agosto)
  • "Agente Stone" (11 de agosto)
  • "Vermelho, Branco e Sangue Azul" (11 de agosto)
  • "Besouro Azul" (17 de agosto)
  • "Fale Comigo" (17 de agosto)
  • "As Tartarugas Ninja: Caos Mutante" (31 de agosto)
  • "A Freira 2" (7 de setembro)
  • "A Noite das Bruxas" (14 de setembro)
  • "Kraven: O Caçador" (5 de outubro)
  • "Assassinos da Lua das Flores" (19 de outubro)
  • "Jogos Mortais X" (26 de outubro)
  • "Duna: Parte" (2 de novembro)
  • "As Marvels" (10 de novembro)
  • "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" (16 de novembro)
  • "Aquaman e o Reino Perdido" (21 de dezembro)
  • "Rebel Moon" (22 de dezembro)

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