Vanessa Giácomo e Dan Stulbach revelam desafios para interpretar casal real em filme: 'Tinha que ser verdadeiro'
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Cinebuzz
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Em outubro de 2012, um caso chocou o país e se tornou um símbolo de superação e fé. A pastora americana Renee Eliott Murdoch foi agredida com um pedaço de madeira por um homem em situação de rua na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela ficou internada em estado gravíssimo após sofrer um traumatismo craniano e passou por uma neurocirurgia. Mas, superando todas as perspectivas mínimas de cura, ela se recuperou sem sequelas das fraturas.
Agora, a história será retratada nas telonas em Fé para o Impossível, novo filme do diretor Ernani Nunes (NoRitmo de Fé), que chega às salas de cinema nesta quinta-feira (13) e conta com Vanessa Giácomo (Beleza Fatal) e Dan Stulbach (Ainda Estou Aqui) como o casal protagonista.
No longa, o público verá como o apoio que a pastora recebeu da família e do marido, Philip, que compartilhou sua luta com o mundo através de vídeos publicados nas redes sociais na esperança de reunir o máximo de pessoas possíveis em oração pela sua recuperação, foi fundamental para sua cura.
Para levar essa história para as telonas, o diretor visitou Renee e Philip antes do início das filmagens para estudar a dinâmica familiar. “Convivi alguns dias com a família, frequentei a casa deles e pude fazer um estudo de características, de personalidade de cada personagem para poder recriar isso na ficção", disse Ernani Nunes em entrevista ao CineBuzz.
O ator Dan Stulbach afirma que, apesar de a história ser baseada em fatos, o elenco teve liberdade cênica para desenvolver seus personagens. “O Ernani nos deixou muito livre nessa questão de não copiar o casal, não copiar a Renee nem o Phillip, porque tinha que ser verdadeiro, tinha que ser uma verdade absoluta. Se a gente pegasse muitos vídeos e começasse a olhar, íamos querer pegar um trejeito ou outro”.
Com as graves lesões sofridas pela protagonista, Vanessa Giácomo aparece irreconhecível em diversas cenas do filme. A atriz revelou que a equipe de maquiagem realizou um trabalho minucioso durante as filmagens. “É difícil, é um trabalho de caracterização que exige uma paciência não só da minha parte, mas também dos maquiadores”, explicou. “Porque se errar uma coisinha, precisa refazer tudo de novo. Se errar uma prótese mal colocada, tem que tirar e fazer tudo de novo. Exige uma concentração muito grande e da minha parte também, de ficar tranquila, respirando, 'vai dar tudo certo, estou com isso daqui no meu rosto, mas vai passar’".
Ao contarem uma forte e intensa história sobre o poder da fé, a experiência trouxe reflexões pessoais para os atores. "Todo trabalho, quando você faz de maneira intensa como esse, deixa você com sobras. Coisas com as quais você vive em cena e que mexem de algum jeito com o que você acredita, ou da maneira que você lidou com coisas semelhantes na sua vida ou coisas que não ficam resolvidas e que o filme desperta. Estar permeável ao que um filme possa, uma obra de arte possa, qualquer uma, provocar em você. É uma das coisas boas dessa profissão", refletiu Dan.
"Enquanto artista, você está sempre se transformando. Cada trabalho, cada dia e cada despertar, porque o nosso trabalho é observar. É quase antropológico. Vivemos observando as pessoas e como as pessoas lidam com os problemas. Todo o trabalho que você faz te transforma em algum lugar", completou Giácomo.
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