Após denúncia no MP, Carlinhos Maia é processado por transfobia contra Liniker
Contigo!
Após ser denunciado no Ministério Público pelo crime de transfobia contra Liniker, Carlinhos Maia precisará enfrentar mais uma batalha, só que desta vez nos tribunais. O influenciador digital será processado por Agripino Magalhães Júnior, deputado estadual suplente por São Paulo, por debochar da artista, que é uma mulher trans. O ativista pelos Direitos Humanos da População LGBTQIAPN+ confirmou que abrirá uma queixa-crime contra o empresário após uma série de condutas transfóbicas.
Em entrevista à coluna, Agripino Magalhães Júnior informou que a atitude de Carlinhos Mais não é apenas uma "piada e nem deboche", mas um crime que poderá ser analisado pela Justiça. "Não basta simplesmente nos indignarmos com casos de piadas, deboches e fake news contra a População LGBTQIAPN+.Temos que reagir!! Criaturas que usam a sexualidade das pessoas como piadas, deboches e fake news têm que responder e ser penalizados com rigor pela lei", apontou.
"Não é compreensível que uma pessoa que é LGBTQIAPN+ vem praticando! Da mesma forma como não é compreensível imitar e chamar negros de 'macacos' na TV e nos estádios. Não é compreensível e precisa acabar! E é pra isso que eu luto todos os dias! Não diminua o peso de algo que mata muitos de nós LGBTQIAPN+, todos os dias em nosso país (…) Todo preconceito é violência, toda discriminação é causa de sofrimento", acrescentou.
O deputado estadual suplente ainda destacou que Carlinhos Maia poderá ser condenado a uma pena de um a três anos, além de uma multa, e que em alguns casos pode subir para dois a cinco anos e ser inafiançável.
Vale lembrar que os comentários transfóbicos proferidos contra Liniker não foram os primeiros feitos por Carlinhos Maia. Há menos de duas semanas, o influenciador digital também foi denunciado por Romagaga Guidini por divulgar seu nome morto. O empresário expôs seus dados pessoais para mais de 33 milhões de seguidores e informou que iria abrir um processo criminal por transfobia e vazamento de dados.
"Carlos, se você tem algo a resolver comigo ou quer abrir um processo de calúnia, busque os seus advogados e a Justiça. É um direito seu. Mas o que você fez vai muito além de briguinhas de internet, chega a ser desumano. Expor meus dados pessoais, colocando minha segurança e a da minha família em risco, e ainda praticar transfobia ao divulgar meu nome morto no boletim de ocorrência para milhões de pessoas é inaceitável", disparou.
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*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e apaixonada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko