Dani Calabresa se pronuncia sobre decisão do MP no caso Melhem: "Confiar na Justiça"
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A atriz a humorista Dani Calabresa, de 41 anos, foi às redes sociais escrever um longo desabafo repercutindo a decisão do Ministério Público em relação ao comediante Marcius Melhem. Neste terça-feira (9), o ex-diretor da Globo virou reú em um processo de assédio sexual contra três vítimas.
Em 2019, Dani acusou Melhem publicamente de assédio sexual e moral, enquanto era chefe da área de humor na Globo. Após serem analisadas pelas autoridades, as denúncias da paulista foram arquivadas por prescrição.
A artista repercutiu o andamento do caso com uma postagem no Instagram. "A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao compliance da emissora no início de 2020", iniciou.
Ela continuou: "É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma, de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave. Só que a importunação aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu".
Em seguida, a artista disse acreditar que "ganhar tempo" foi a intenção de Melhem nos últimos anos: "Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas".
A humorista finalizou afirmando que confia na Justiça: "O que importa, para mim e para todas as mulheres que tiveram a coragem de falar, é que o assédio foi reconhecido pelo Ministério Público. Continuo a confiar na justiça, apoiar essas 3 mulheres tão corajosas e estarei sempre ao lado delas. Nada justifica o assédio!".
DEPOIMENTOS DECISIVOS
O Ministério Público denunciou o humorista Marcius Melhem por assédio sexual, informou nesta quarta-feira (9) o portal UOL. A denúncia se baseou no depoimento de duas atrizes que eram subordinadas pelo ator.
A primeira delas é Carol Portes. Em abril, ela contou ao veículo que foi assediada quando fazia parte do humorístico Tá No Ar, um dos maiores sucessos da área. Ela prestou depoimento na Delegacia da Mulher também em abril.
O outro depoimento usado como base foi da atriz Georgiana Góes. Ela também foi ouvida pela Justiça que considerou que ouve abuso na conduta do então diretor do núcleo de humor da emissora.
