Day McCarthy é condenada por racismo contra filha de Gagliasso e Ewbank
Contigo!
A situação judiciária de Day Mc Carthy está mais do que complicada. A socialite foi condenada a oito anos e nove meses de prisão por cometer racismo contra Titi Ewbank, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. E um fator chama ainda mais a atenção: essa é a maior pena deferida pela Justiça do Brasil contra uma pessoa que cometeu injúria racial.
Em 2017, a socialite foi denunciada por Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank após publicar um vídeo com comentários racistas contra a filha do casal. Na época, Titi Ewbank tinha apenas quatro anos e foi alvo de críticas sobre sua aparência. Ambos recorreram à Justiça e, em fevereiro de 2024, ela foi condenada a pagar uma indenização que, conforme eles, deve superar R$ 500 mil.
Em suas redes sociais, Bruna Gagliasso comemorou a vitória: "Hoje a gente vem celebrar uma vitória contra o racismo. E sabemos que, infelizmente, esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país, não para de gritar e sangrar. Nunca é tarde, mas ainda é tarde. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?".
"Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução", acrescentou.
"E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade. Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos. Enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada, Juliana Souza, e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer. Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar", concluiu.