Jô Soares ensaiava para novo projeto antes de sua morte: "Não conseguimos"
Contigo!
O apresentador Jô Soares faleceu nesta sexta-feira (05) aos 84 anos e deixou legado artístico memorável.
Segundo informações de Bruno Cavalcanti, da Folha de S. Paulo, ele ensaiava para retornar ao teatro com a peça À Meia Luz, que estrearia em setembro. A peça marcaria o retorno do apresentador aos palcos, quatro anos depois de dirigir e co-estrelar a montagem de A Noite de 16 de Janeiro.
Escrita pelo inglês Patrick Hamilton, ela retrata um homem que mantém o controle sobre sua mulher fazendo com que ela duvide de sua própria sanidade ao abaixar as luzes da casa e negar qualquer alteração no entorno.
Adaptada para o cinema em 1940 sob a direção de Thorold Dickinson, a obra, originalmente intitulada "Gas Light", deu origem ao "gaslighting", que é o termo usado para denominar a ação de um agressor que faz com que sua vítima passe a duvidar de si mesma, de suas condições mentais e de sua sanidade.
A previsão era de que o espetáculo chegasse ao Teatro Procópio Ferreira no dia 9 de setembro. Os atores Erica Montanheiro e Giovani Tozi fariam o papel do casal principal.
Para a Folha de S. Paulo, Giovani Tozi revelou: "Ficamos de montar, mas não conseguimos por causa da pandemia, e iniciamos o processo de ensaios neste ano, mas a concepção estava pronta. Como o projeto nasceu muito lá atrás, o Jô sabia o que queria e já tinha dado todas as diretrizes".
Mesmo tratando da saúde, Erica Montanheiro garante que eles sempre estava presente nos ensaios: "Nos não paramos de ensaiar. O Maurício Guilherme, que é assistente de direção há muitos anos, estava conosco, e o Jô se manteve inteiro, sempre sabendo de tudo, definindo coisas. Toda a concepção ele criou e continuou acompanhando".
LUTO
A morte do apresentador Jô Soares causou comoção no mundo das celebridades e a atriz Claudia Raia usou as redes sociais nesta sexta-feira (05) para lamentar a partida do amigo.
Sem esconder a tristeza e saudade, a artista falou que humorista teve grande importância em sua vida: “Receber a notícia da morte do Jô foi um choque para mim. Sabe aquelas pessoas que a gente acha que estarão sempre aqui, que são eternas? Jô era uma dessas pessoas para mim. Meu pai, meu amor, meu amigo, meu conselheiro”, iniciou ela.
“Ele representava tanta coisa para mim! Seu jeito de encarar a vida, de olhar e reparar em quem estava diante dele sempre me inspirou. Atenção genuína e o nosso tempo são das coisas mais preciosas que podemos dar a alguém. Jô era especialista nisso. Um ser humano inspirador, genial, talentoso e sempre disponível”, desabafou.
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