Justiça condena hospital a pagar R$ 200 mil à Klara Castanho por expor gravidez
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O Hospital e Maternidade Brasil, da Rede D'Or São Luiz, foi condenado a pagar R$ 200 mil de indenização à atriz Klara Castanho, de 23 anos, por vazar a informação de que ela deu à luz uma criança e escolheu colocá-la para adoção. Posteriormente, a artista contou que havia engravidado após um estupro.
Profissionais da unidade de saúde revelaram a informação, sem o consentimento de Klara, à imprensa. Depois que o caso veio à tona, a jovem contou que, logo após o parto, foi abordada por uma enfermeira que ameaçou expor a situação e que, em questão de minutos, a informação já havia sido compartilhada.
O desembargador Alberto Gentil de Almeida Pedroso, que determinou a sentença, afirmou que houve uma infração dos "direitos da personalidade da vítima” e que dados pessoais de Klara "foram vazados e explorados indevidamente, com requintes de crueldade moral inacreditáveis".
O magistrado declarou que o Hospital e Maternidade Brasil provocou danos profundos à vítima: "Foram gravíssimas as consequências psíquicas suportadas pela autora. O hospital foi o grande potencializador do ocorrido ao não contratar profissionais comprometidos com seus deveres éticos, ao não impedir o vazamento dos dados sensíveis, ao não tratar os dados adequadamente e muito menos por solucionar rapidamente o dano causado por desídia e despreparo".
KLARA CASTANHO DESABAFOU SOBRE EXPOSIÇÃO
Klara Castanho desabafou sobre a exposição que sofreu após um abuso sexual. A atriz foi vítima de um estupro, que resultou em uma gravidez indesejada e ela entregou o bebê para a adoção. Ela não tornou a situação pública, até que em 2022, foi exposta pela mídia denunciou os envolvidos.
"Eu simplesmente não queria viver aquilo. Nunca quis me pronunciar, e jamais para esconder das pessoas, e sim porque não tinha digerido o que aconteceu. Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável. Eu já tinha sido... Eu odeio a palavra, não vou usar, tá? Então, calma, vou reformular... Levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição", afirmou Klara Castanho em entrevista à revista Glamour.