Opinião: Provável vitória de Amanda no BBB23 é o desfecho perfeito para uma edição insossa
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O Big Brother Brasil chega ao final nesta terça-feira (25) de forma apática. Carente de emoção e engessado por participantes que pouco entregaram, o reality show deve coroar uma campeã digna do tratamento dado ao produto pela Globo nos 99 dias em que a competição esteve no ar
Sucesso comercial estrondoso - nesta edição, o faturamento ficou na casa do R$ 1 bilhão -, o programa não conseguiu reunir as principais características que atraem o interesse do público. O resultado é uma audiência vacilante, algo comprovado pela pior audiência de uma semi-final na história da atração.
Ao longo dos últimos três meses, o programa foi incapaz de criar vilões e mocinhos bem definidos, não conseguir discutir em profundidade os temas que surgiram do jogo e não conseguiu criar regras e dinâmicas que conseguissem alavancar a narrativa de um campeão. O foco na disputa entre grupos bem definidos acabou se mostrando um equívoco que fez o jogo demorar a engrenar
O resultado é que a competição acabou repercutindo mais quando os participantes cometeram deslizes, tornando o jogo em si algo secundário e descartável. Do comportamento agressivo de Gabriel Fop, passando pela desistência de Bruno Gaga e culminando na inédita dupla desclassificação de Sapato e Guimê, o programa foi pouco assertivo em sua narrativa. Mesmo diante dessas situações, houve pouquíssima interferência e não se aproveitou a situação para debater os assuntos com o cuidado que mereciam.
Ao longo do programa, o público pediu uma postura mais assertiva de Tadeu Schmidt e um retrato mais claro das personalidades dos brothers. Nada parece ter inspirado a produção, que fez edições monótonas e pouco criativas das rivalidades, permitiu comportamentos abusivos e deixou que a divisão racial da casa que aconteceu da metade para o fim fosse totalmente apagada.
Essa opção de interditar o debate permitiu que o jogo fosse ameno, protagonizado por personagens que eram apáticos e sem personalidade. Aline e Amanda chegaram à final com pouquíssimos momentos de brilho e muitas situações questionáveis - pelo público aqui fora, porque lá dentro seguiram intocadas. Bruna Griphao, a mais beneficiada pela edição, gritou, esperneou, acusou e saiu impune, carregada por fã-clubes que não estão preocupados com coerência e civilidade, valores que foram a todo tempo empunhados como argumento para limarem a credibilidade de rivais.
Um bom reality show se faz com a união de elementos que não são facilmente construídos. É preciso bons personagens, vontade de criar, regras bem definidas e debates que possam engajar o público. É necessário bom texto, edição criativa, discursos pontuais, provas bem produzidas, discursos assertivos, e pequenas doses de ousadia. O BBB23 chega ao fim com a apatia digna de uma campeã como Amanda.
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