Por que Lidia Brondi segue ícone mesmo 30 anos após abandonar a carreira?
Contigo!
Todo vez é a mesma reação: basta aparecer alguma foto nova de Lídia Brondi para os fãs ficarem eufóricos e lamentarem a falta que sentem da atriz.
Esse comportamento é curioso, afinal já se foram 32 anos desde seu último trabalho na televisão, a novela Meu Bem, Meu Mal (1990). Foi justamente na sua despedida que a estrela conheceu Cássio Gabus Mendes, com quem assumiria um relacionamento três anos depois e viveria um relacionamento que já dura mais de 30 anos.
Fato é que Lídia Brondi sempre representou para o público e, mais especialmente, para as mulheres, um ícone de estilo, beleza e de poder. Com seu cabelos curtinhos, a boca marcada, os looks fashionistas e a dicção perfeita que trazia para seus personagens, ela era uma inspiração. Desfilava impecável interpretando os mais diversos personagens. Era jovem, estilosa, articulada, representando o ideal de uma mulher moderna.
Lídia Brondi começou cedo como atriz, levada pelo pai à TV Educativa do Rio de Janeiro onde atuou em séries pedagógicas. Descoberta por Walter Avancini, brilhou na Globo em novelas como Espelho Mágico (1977) e Dancin’ Days (1978), onde fez um inesquecível par romântico com Lauro Corona. Brilharia ainda em novelas como Baila Comigo (1981), Transas e Caretas (1984), Vale Tudo (1988) Tieta (1989). Onde estava uma novela de sucesso, lá estava a atriz.
Foi casada com o diretor Ricardo Waddington, com quem teve uma filha, Isadora Frost. A jovem herdou muito do espírito livre da mãe: estudou em Nova York e depois retornou ao Brasil se formou na PUC em Artes do Corpo.
No auge, ainda antes dos 30 anos de idade, a atriz decidiu abandonar a carreira. Dona de si e segura de suas decisões, começou a estudar psicologia, onde encontrou uma nova vida. Hoje, vive em um apartamento confortável no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo e tem uma rotina tranquila, totalmente longe dos holofotes. Sua última aparição em público foi em 2002, quando acompanhou o marido em uma ida ao Sambódromo.
Há dez anos, uma reportagem publicada pelo jornal carioca Extra disse que a atriz precisou abandonar a carreira após problemas com a saúde mental. “Lídia teve o que chamam de síndrome do pânico e foi cuidar disso. Libertou-se e tomou a direção da própria vida. Uma atitude nada fácil, se considerarmos que abriu mão de uma carreira de sucesso, onde era bem remunerada e reconhecida. As pessoas mais chegadas a ela, se não entenderam, pelo menos respeitaram”, disse à publicação o pastor Jonas Rezende, pai de ex-global. A própria atriz nunca se pronunciou sobre o tema.
Só uma mulher muito segura de seus desejos pode abrir mão de todo o prestígio e sucesso para partir em uma jornada íntima em busca de seu bem-estar. Talvez o que mantenha o mito Lídia Brondi em pé seja justamente essa admiração que só ganha do público quem é muito verdadeira e sabe expor não só suas virtudes, mas também suas fragilidades.