"Toda vez que lembro sofro", diz José de Abreu ao relembrar filho morto

José de Abreu relembrou neste sábado (4), a morte de seu filho primogênito, Rodrigo. O rapaz morreu há quase 30 anos e sua partida ainda é muito sentida pelo artista.

Em entrevista para a colunista Patrícia Kogut, do O Globo, o interprete de Santiago em Um Lugar ao Sol comentou como foi escrever sobre a perda do filho em seu livro - a biografia 'Abreugrafia' -, que ele acaba de lançar:

"A vida normal é você enterrar um pai. Um pai enterrar um filho é a inversão da vida. Você não está preparado", lamentou o artista, ao falar do filho que faleceu em 1992.

Questionado se houve dificuldade em escrever sobre essa parte em sua obra, ele garante que até pensou em descartá-la: "Eu hesitei, não queria escrever, mas depois vi que tinha obrigação de fazer. Foi uma das últimas coisas que escrevi".

Abreu, por fim, declarou que apesar de ter sido bom escrever sobre a perda do filho, a dor nunca irá embora: "É bom escrever, você se sente diferente, [mas] o sofrimento persiste, toda vez que lembro sofro".

FAMÍLIA

De volta às telinhas na pele de Santiago, em Um Lugar ao Sol, José de Abreu, que interpreta um homem íntegro e pai de três mulheres, decidiu falar sobre sua família na vida real.

O ator, que é pai de cinco filhos e perdeu um dos herdeiros em 1992, após o jovem Rodrigo cair da janela de um apartamento, aos 21 anos, falou sobre a relação com outros herdeiros, incluindo a mais nova, Bia, de 21 anos, que se identifica com uma mulher transgênero.