Após deixar Globo, Letícia Sabatella se dedica ao teatro: Vontade grande de ter contato com o público e com a plateia

Letícia Sabatella irá brilhar no teatro B32, em São Paulo, com a peça Piaf e Brecht: A Vida em Vermelho. As apresentações acontecerão nos dias 2, 3 e 4 de junho. Em entrevista exclusiva ao ESTRELANDO, a atriz conta como tem sido dar vida a famosa cantora francesa Edith Piaf. 

- Ela é uma riqueza. Ela é de uma intensidade feminina humana, de uma força interior muito grande. Em um primeiro momento a gente vê a instabilidade emociomal, mas ai você entende uma mulher que tem uma força interior capaz de uma serenidade muito grande na hora de produzir um som, uma voz tão potente. Ela tem uma arte capaz de dar voz artística aos que gritam, aos que não se escutam, dos oprimidos.

Além do desafio de viver uma mulher com tantas bagagens emocionais, Sabatella ainda se desafiou a cantar em francês, seguindo todos os trejeitos da artista.

- A língua francesa é íncrivel e é muito bom você ter uma máscara sonora, pra fazer uma personagem ter personalidade, aparecer, sair da minha própria personalidade e entrar em um outro universo. A gente entra na Piaf, ela traz um modo de se expressar que é muito lindo, é muito ela. E a gente consegue ter essa presença magnifica na magia do teatro. O modo francês como a Piaf fala, que é muito proprio, é mágio e traz pra gente essa entidade. 

A peça mostra um encontro entre Piaf e o grande dramaturgo alemão Bertolt Brecht, interpretado por Fernando Alves Pinto. Durante esse inusitado encontro, os artistas conversarão sobre música, arte, anseios, angústias e sonhos. Tudo com a direção de Bruno Perillo. 

Como você viu aqui no ESTRELANDO, em dezembro de 2021, Sabatella anunciou sua saída da TV Globo . Questionada sobre os planos para o futuro, ela respondeu:

- A vida é feita disso mesmo, nesse momento estou sem contrato com a Globo. É um novo formato mesmo de trabalho. O teatro é um recurso. Depois de fazer uma novela tão intensa que foi Nos Tempos do Imperador, após esse período de lockdown que a gente não podia encher nossos teatros, então há uma necessidade muito grande, uma vontade muito frande de ter esse contato com o público e com a plateia.