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Colegas de elenco de Daniella Perez relembram morte da atriz, pouco antes da estreia da série Pacto Brutal
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Colegas de elenco de Daniella Perez relembram morte da atriz, pouco antes da estreia da série Pacto Brutal

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Estrelando
20/07/2022 19h10
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Nesta quinta feira, dia 21 de julho, estreia na HBO Max uma das séries documentais mais aguardadas dos últimos meses. Pacto Brutal, vai contar, em detalhes, todo o caso da morte da atriz Daniella Perez, assassinada em 1992 pelo colega de elenco Guilherme de Pádua e da esposa dele, Paula Thomaz.

Prestes a completar 30 anos da tragédia, a série vai trazer uma perspectiva diferente do caso, com entrevistas e depoimentos de familiares e amigos de Daniella Perez.

Um dos participantes da produção é o ator Eri Johnson, amigo e colega de cena da atriz na novela De Corpo e Alma. Eri contou para o colunista Fefito como descobriu que a amiga havia sido assassinada e como se sentiu ao saber que o suspeito era um colega de elenco.

- Acordei no dia seguinte com a notícia e já havia o rumor de que teria sido alguém do elenco da novela. Eu interpretava um gótico apaixonado pela personagem dela, que vivia em cemitérios. Mas era tão absurdo que se cogitasse que alguém da novela tivesse matado ela. A gente considerava uma hipótese estapafúrdia. Não era.

Eri conta que, mesmo dividindo a tela com Pádua, nunca foi próximo dele:

- No ensaio de uma peça de teatro, achei que ele foi grosso com uma atriz numa discussão por marca de cena e tomei partido dela. Desde então, não nos falamos mais.

O ator lamentou a perda precoce da atriz e ainda completou com uma mensagem carinhosa sobre sua carreira:

- Daniella seria uma grande estrela hoje em dia. Provavelmente estaria em 'Pantanal' com uma personagem forte, como Maria Marruá ou Maria Bruaca.

A série da HBO Max também conta com outros nomes de peso, como é o caso de Claudia Raia. A atriz, que na época era amiga próxima do então marido de Daniella Perez, Raul Gazolla, relembrou os momentos de angústia. Ela contou que até chegou a desconfiar de Guilherme, que antes de ser conhecido como autor do crime, chegou a consolar os familiares de Daniella:

- Ele ficou ali um tempo, chorando, dizendo: - Meu Deus, que loucura isso. Parecia bastante emocionado, muito indignado com tudo.- Como fizeram isso com essa garota, essa menina é um anjo. Me abraçou também, nem me conhecia. E eu não sei por que olhei o braço do Guilherme. Tinha, na parte do antebraço, arranhão de unha de mulher. Me chamou a atenção aquilo. Guardei pra mim. Era recente. Estava meio em carne viva, meio sangrandinho, contou Raia.

A série será dividida em cinco episódios, três deles já disponíveis na noite de estreia para os assinantes da HBO Max.

Abaixo, conheça mais sobre o caso!

Daniella Perez, filha da autora Glória Perez, morreu no dia 28 de dezembro de 1992, aos 22 anos de idade. Na época, ela estava no ar na novela De Corpo e Alma e era casada há dois anos com Raul Gazolla. Daniella foi morta por Guilherme de Pádua, com quem contracenava na novela, e pela esposa dele na época, Paula Nogueira Thomaz. Os dois a emboscaram e a mataram com 18 punhaladas e foram condenados pelo crime, sendo soltos anos depois. Mesmo com a falta da atriz, várias vezes ela foi lembrada. Relembre, a seguir, as vezes que Daniella Perez foi mencionada com carinho após o seu assassinato.Raul Gazolla já havia falado sobre o assunto tempos atrás, quando voltou para a Globo na novela A Força do Querer, terceira novela dele com a autora Glória Perez, depois de O Clone e América. Na época, em entrevista ao jornal Extra, ele falou sobre voltar para as tramas dela, revelando que separa bem a relação pessoal da profissional: - É um prazer enorme. Nós temos uma relação pessoal muito legal, que não tem nada a ver com a profissional. Então, quando ela me convida para fazer um trabalho, é uma gratificação. E mesmo depois de anos da perda de Dani, Raul confessou que a morte dela ainda mexe com ele: - Parece que foi ontem. Perder uma pessoa por assassinato é diferente. Quando perdemos alguém para uma violência pessoal, para o desequilíbrio emocional de pessoas que não precisavam estar nesse planeta, a recuperação é mais complicada. Eu não penso na presença da Dani espiritualmente. O que eu peço sempre é que ela esteja muito bem onde ela está.Em 2022, Raul Gazolla participou do podcast Inteligência Limitada, de Rogério Vilela, e desabafou sobre os assassinos de Daniella Perez e revelou: Descobri que a minha vingança é deixar eles viverem aqui essa vida, sabendo o que eles fizeram. Ele não pode mais atuar. Quer dizer, até pode, mas... É melhor ele ser pastor na igreja em que ele foi ser membro e ser aceito pelas pessoas daquela igreja. Eu não tenho o menor interesse em matar eles dois, nenhum. Quero que eles vivam a vida deles da pior maneira possível. Se morrerem, vou ficar feliz, não vou ficar triste...Neste dia 21 de julho estreia na HBO Max a série documental Pacto Brutal: O assassinato de Daniella Perez, sendo que no começo do mês foi divulgando o primeiro trailer da obri. O programa conta com cinco episódios com novos depoimentos de envolvidos no julgamento e traz relatos inéditos de amigos e familiares da atriz....no mesmo ano, o ator deu uma nova entrevista e deixou bem claro que nunca perdoou os assassinos de Daniella e que não superou a morte de sua amada:Esse ano faz 30 anos do assassinato da Dani. A gente supera uma morte por acidente, uma morte por doença, a gente suporta uma morte de um ente querido... Mas quando é assassinato... eu posso conviver com isso, mas superar é outra coisa.E não foi só isso. Na mesma entrevista, ele recordou o seu relacionamento e contou como ambos se conheceram, na época das gravações de Kananga do Japão: - A primeira vez que eu olhei a Dani eu pensei: Eu já sonhei com ela, já sonhei com essa menina. Nós já fomos casados, que coisa incrível! Eu nunca vi essa menina na minha vida, mas ela faz parte da minha intimidade. Eu já tive alguns sonhos com ela. Pouco depois eles se casaram e estavam fazendo planos de aumentar a família: - E aí aconteceu esse assassinato que desmontou toda a minha vida. A vida da minha família, a vida da Glória e de toda a família da Glória. E tudo ruiu, de uma certa forma. E a gente teve que lidar com isso. A gente lida com isso até hoje. É muito difícil. É muito difícil, inclusive, porque os assassinos por nenhum momento mostraram nenhum arrependimento do que fizeram (...) Quando eu estava vendo televisão eu descobri que a Dani tinha sido assassinada com 18 facadas. Três no pescoço e 15 no coração. Segundo Raul, um amigo sugeriu que eles dessem cabo em Guilherme de Pádua, mas o ator se recusou: - Eu falei: Não, não quero dar cabo no cara, porque ele precisa viver, ele tem mais coisa pra contar. Ele está aí graças à Glória e a mim, porque a gente não quer fazer a mesma coisa que ele fez. Eu prefiro que ele fique aqui sofrendo as consequências. Se não tem uma justiça do homem, tem uma justiça divina. (...) E uma das coisas que mais me impressionou nesse caso e que eu vejo em alguns seriados policiais é: nós tivemos que lutar pela inocência da Dani. E isso é impressionante. Nos dias de hoje que a mulher tem o direito, tem fala e está sendo reivindicado isso, graças a Deus, nós tivemos que provar a inocência de uma pessoa assassinada. Queriam ter colocado na conta dela, ela ter tido um caso com um assassino e por isso ela foi assassinada. Primeiro, ela não teve um caso com um assassino. E se tivesse tido, por isso ela podia ser assassinada? Não existe isso. Eu lembro que na última semana ela não atendia aos telefonemas dele (...) Ele já tinha dado em cima dela e ela já tinha dito para ele: Olha, você não entendeu, eu vivo bem com o meu marido. Anos depois, o carinho entre Raul e Glória continua: - Eu amo a Glória em todos os sentidos. Como artista nem se fala porque ela só faz sucesso. Agora, como pessoa, para mim ela é genial. É uma pessoa adorável, que eu tenho carinho e que pode contar comigo para o resto da vida. Raul hoje é casado com Fernanda Loureiro, com quem tem uma filha, chamada Rani Gazolla.Em outra ocasião, Raul Gazolla deu uma entrevista emocionante ao youtuber Júnior Coimbra, do canal Rap 77. - Foi um diferencial, um trauma muito forte. Tem antes da Dani e depois da Dani, confessou o artista, que continuou, falando novamente do amigo que queria acabar com a vida de Guilherme: - Eu tinha um amigo que era contraventor [uma pessoa que infringe as leis]. Quando ele soube do caso, ele não foi me visitar, não foi no enterro, não foi nada. Quando passou o enterro, ele mandou me chamarem para a casa dele. Eu fui na casa dele e ele falou assim: Gazolla, estou mandando descer todas as pessoas que eu conheço. A gente vai mandar explodir a 16ª [Delegacia de Polícia, onde estava o assassino], e matar o cara. Porque ninguém faz isso com mulher de amigo nosso. E eu fiquei uma duas horas o convencendo de que ele não deveria fazer isso. Por que eu sou gente boa? Não. Porque eu falei assim: Essa história está mal contada, tem mais coisa aí. Esse rapaz precisa viver para ele contar a verdade. Além do mais, quando você explode a 16ª para matar alguém, você vai matar inocentes. E eu não posso dormir com esse barulho na minha cabeça. E depois de duas horas o cara falou: Tem razão, vamos deixar correr com a Justiça, revelou Gazolla. Raul ainda disse ter certeza que Pádua não se arrependeu do crime. - A única coisa que me incomoda muito - mesmo eu tentando ser uma pessoa melhor - é que todas as vezes que ele veio a público, [ele] manteve o nariz em pé e disse aconteceu o que tinha que acontecer. Ele nunca falou Que m***a que eu fiz. Nem ele, nem a mulher. Eu rezo todos os dias para que a gente não se encontre. Todas as entrevistas que eu vi dele, ele nunca se arrependeu. Sabe o que ele carrega para ele? Perdi a oportunidade de ser ator, que era tudo para ele.  E contou que os meses após a tragédia foram bem difíceis. - O primeiro ano, graças à minha mãe e aos meus amigos, eu me mantive um cara normal. Mas durante um ano eu andava e não sentia o chão. Eu não conseguia entender por que alguém podia matar alguém com quem estava contracenando, e que nunca tinha feito nada de mal. Eu não conseguia entender isso. Foi um momento bem difícil que contribuiu muito para o meu infarto.No programa Noite É Nossa do dia 3 de março de 2021, Raul Gazolla falou, em entrevista à repórter Livia Mendonça, sobre o assassinato de Daniella Perez: - Na delegacia, eu pensei que ela tinha sido sequestrada. Liguei para a Glória e falei que haviam encontrado o carro, mas nada da Dani. A atriz Marilu Bueno, que fazia a mãe dela na novela, que me contou. Foi muito difícil. Eu me lembro que estava no velório e que não tinha forças para nada. Eu estava há 24 horas sem comer nem dormir. Eu nem sabia como ela tinha sido assassinada porque não me deixavam ver televisão. Quando soube, fiquei doido, desabafou. Glória Perez, ex-sogra de Gazolla, só conseguiu voltar a trabalhar com o ator em 2001, quase dez anos depois do assassinato da filha. - Ela me ligou e falou: Raul, eu já posso trabalhar com você. Temos uma grande amizade, e eu tenho um carinho absurdo pela Glória. Tanto que minha filha mais nova a chama de avó. Sou amigo e fã incondicional do trabalho dela. Quando completou 24 anos da morte de Daniella Perez, Glória Perez, mãe da atriz, publicou no Facebook um vídeo com imagens da atriz e na legenda escreveu: 28-dez-1992. O dia em que a ambição de dois psicopatas tirou você de nós. A publicação teve comentários com palavras de carinho de outros famosos. Que presente! Que momentos lindos da Dani. Que saudade. Obrigado, Glória, amo você, escreveu o autor Wolf Maya.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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