Em uma das últimas entrevistas, MC Marcinho fez reflexão: Minha maior preocupação é o legado que vou deixar

Depois de muita luta, diversos procedimentos e cirurgias, MC Marcinho morreu aos 45 anos de idade. O cantor estava internado desde o final de junho por conta de uma insuficiência renal e cardíaca. Mas, essa não foi a primeira vez que o artista precisou ficar certo tempo no hospital.

Em uma de suas últimas entrevistas ao jornal Extra, em abril deste ano, Marcinho falou sobre a recuperação da cirurgia de emergência que precisou fazer p ara trocar o marca-passo, que aconteceu em março. Segundo ele, o procedimento e as internações necessárias o deixaram muito triste. Isso porque, além de precisar ficar diversos dias no hospital, o MC também perdeu 14 quilos e estava com o pé torcido.

- Não conseguia nem levantar de tão fraco que eu estava. Passei dias difíceis, com dor, falta de ar e triste por estar enfrentando tudo isso de novo.

E, infelizmente, esses não foram os únicos perrengues de saúde que ele já passou. Antes de tudo isso, o funkeiro teve Covid-19 , ficou em uma cadeira de rodas após um acidente de carro, ficou em coma por conta de uma infecção no pé, foi baleado durante um assalto e teve uma grave infecção no estômago.

- Sou muito grato a Deus por estar vivo, independentemente das porradas que eu tomei, de todo o turbilhão que eu passei. Estou tendo uma nova oportunidade de me recuperar e ser uma pessoa melhor. Cada internação, cada pancada que você toma da vida, você aprende uma coisa.

Preocupação com legado

Além de falar sobre o que andou sentindo durante o período complicado de sua vida, MC Marcinho confessou ao jornal que se preocupava muito com o seu legado . Apesar de ter diversas músicas de sucesso, e conhecidas até os dias de hoje, o funkeiro queria ser lembrado como uma boa pessoa.

- Ninguém quer morrer, né? Se eu pudesse, seria pra sempre. Minha maior preocupação é o legado que vou deixar. Como minha família e meus amigos vão me enxergar depois que eu for? A pior coisa é morrer e ser lembrado como um falastrão, um mau-caráter. Que triste falarem: Já vai tarde, não valia nada. Quero que se lembrem de mim com saudade, como eu sinto do Catra, do Sapão... Procuro ser o mais justo, honesto, trabalhador. Nunca passar por cima de ninguém.

Descanse em paz!