Saiba como foi o primeiro dia de julgamento do caso Daniel Alves
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Com o primeiro dia do julgamento do caso Daniel Alves oficialmente encerrado, o ESTRELANDO separou um resumo da audiência que aconteceu nesta segunda-feira, dia 05. Acusado de agressão sexual contra uma mulher em uma boate de Barcelona, na Espanha, o ex-jogador segue em prisão preventiva desde janeiro de 2023 e teve o pedido de ser o último a testemunhar aceito pela Justiça espanhola.
Como você acompanhou aqui, o Globo Esporte repercutiu informações de mídias internacionais e noticiou que a suposta vítima deu um depoimento de cerca de uma hora e 15 minutos - onde reforçou a acusação com a voz distorcida, de portas fechadas, sem contato visual com o atleta e com a imprensa proibida de acompanhar o momento. Ainda mais, entre as cinco das testemunhas chamadas para o primeiro dia, Ana Matallana, amiga da denunciante, relatou o que viu naquela noite.
Segundo Ana, a amiga não consegue confiar em ninguém e não queria denunciar por medo de não acreditarem nela. Entre outras testemunhas, a prima da suposta vítima também deu depoimento e ilustrou o trauma familiar:
- Estiveram por muito tempo lá, não sei quanto. Quando ela saiu, estava com a cara feia... Então perguntei se ela estava bem? Ela só disse: Vamos! Fomos embora. Ela disse que ele [Daniel Alves] fez muito mal a ela, que tinha ejaculado dentro dela... Minha prima não dorme, toma remédio, antes não era assim. Tem tomado antidepressivos, não trabalha, apenas sai de casa quando queremos e insistimos muito. Choramos dia sim, dia não, disse durante uma das declarações.
Ao ser questionada se a denunciante havia entrado no banheiro voluntariamente, a prima da denunciante afirmou que sim. Na sua versão, a suposta vítima do ex-atleta afirma que se deu conta de que se tratava de um banheiro apenas quando entrou no local e foi impedida de sair.
Os últimos a testemunharem foram dois dos garçons da boate, além do porteiro do estabelecimento. Nas palavras do primeiro garçom, um de seus amigos teria atendido Daniel Alves, afirmando que o ex-jogador teria uma garrafa grande de champanhe em sua mesa. O outro disse que Alves era um cliente habitual da boate e sabia da existência da suíte dentro da área VIP - onde o banheiro apontado como local do crime se encontra. Os dois garçons ainda afirmaram não terem notado nada de estranho no comportamento do jogador, mesmo com o álcool ingerido.
Por fim, o porteiro contou que a denunciante não estava nem alterada nem em estado catatônico, mas estava chorando. Segundo o trabalhador, Daniel Alves teria passado por ele à, aproximadamente, dois metros de distância e sempre olhando para frente.
A segunda audiência será realizada na próxima terça-feira, dia 06. Começando às 11 horas da manhã no horário de Brasília, contará com um total de 22 testemunhas, incluindo Joana Sanz, esposa do jogador.