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Samara Felippo lança livro e fala sobre maternidade: Amo minhas filhas, mas não gosto tanto de ser mãe. Confira outras vezes em que a atriz desabafou na web
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Samara Felippo lança livro e fala sobre maternidade: Amo minhas filhas, mas não gosto tanto de ser mãe. Confira outras vezes em que a atriz desabafou na web

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15/06/2022 14h58
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Samara Felippo sempre faz desabafos importantes e propõe reflexões necessárias nas redes sociais. Recentemente, a artista lançou um livro chamado Mulheres Que Habitam Em MIM que traz algumas revelações e questionamentos sobre a vida, maternidade e desconstrução. Lembrando que Samara Felippo também encerrou uma temporada de sucesso no teatro quando levou para os palcos uma maneira bem sincera e humorada sobre os dilemas de ser mãe. Apesar de ter me aberto totalmente sobre o que penso e o que vivi como mãe no palco, no livro eu consegui contar minha história de uma forma ainda mais intimista. Cada linha tem o propósito de desromantizar a maternidade com a coragem de dizer tudo aquilo que ninguém tem coragem de expor. É preciso lembrar que a forma como esse papel social feminino sempre tem sido transmitido expõe um perfil totalmente equivocado sobre o que é ser mãe. O efeito disso são conflitos de opiniões, sentimentos e atitudes. Diante desse tipo de narrativa, como não ter um filho ou uma filha, fruto do amor, e acima de tudo, um pedacinho de você? Eu segui pensando que essa era a verdadeira analogia da maternidade, revela a artista. Algumas frases de impacto já pipocaram nas redes socais e Samara ainda aborda no livro a luta contra o racismo e desabafa sobre a maternidade: Amo minhas filhas, mas não gosto tanto de ser mãe! Polêmica! A seguir, veja outros desabafos de Samara Felippo sobre o corpo, padrões e a vida de mãe.No canal Mais que oito minutos, a atriz conversou sobre ter um relacionamento aberto com o humorista Elídio Sanna, do grupo Os Barbixas. Não estou no nível de dizer que somos superabertos. Já aconteceu e não foi um problema. A parceria precisa entender, mas fácil não é. Existe sempre a possibilidade de seu parceiro se apaixonar por outra pessoa. Mas Elídio é super na dele. Os dois estão juntos há sete anos e Samara revelou: A gente não nasceu para ser monogâmico. Sei que é um tabu para muitas pessoas que eu conheço, mas que ciúme é esse que vira prova de amor? Eu sou livre, e meu namorado entende bem isso. A gente não está junto há sete anos à toa. Existem limites, claro, existem acordos. Tem situações que não são tão confortáveis, e aí a gente sente para conversar.Samara Felippo sempre faz desabafos importantes e propõe reflexões necessárias nas redes sociais. Certa vez, ela contou no Instagram sofre o preconceito sofrido pela filha caçula: - A Lara veio me relatando que um amiguinho dela chamou ela de negrinha chata: Ah, sua negrinha chata. Só que ela veio me contar isso, sei lá, uma semana depois do ocorrido. E aí, me deu uma taquicardia momentânea e eu falei: Filha, está tudo bem? Como é que você recebeu isso? Você precisa falar para a professora na hora. Porque o menino branco lá que falou não pode repetir isso. Ele tem que aprender que isso é crime... Eu falei: Fala para ele que se ele não pagar, os pais dele vão pagar. Eu mandei um e-mail e falei: Aconteceu isso, isso e isso e eu quero saber se vocês vão falar com os pais. Eu estava até discutindo isso com o meu companheiro: Como é que a gente vai começar a ter uma resposta positiva da sociedade se esse menino branco chega na escola, que se diz inclusiva, antirracista, mas em casa os pais são imbecis, e ele vai repetir os que os pais estão falando. E crianças como a minha filha e tantas crianças pretas que deixam de ir para a escola e são feridas na primeira infância, atravessadas pelo racismo. Uma situação que nem deveria mais existir, não é?Posando plena, ela legendou outro clique que ganhou milhares de curtidas: Venho acompanhando com orgulho muitos movimentos femininos/feministas em prol da libertação da mulher. Um deles é a cultura do corpo perfeito. Comecei na TV aos 18 anos, a vida TODA lutei contra a balança, tomei remédios, tive efeito sanfona, fiz todas as dietas, entrei e saí de academia, sofria quando minha imagem na TV parecia fora do padrão, quando um diretor me pedia para emagrecer sem qualquer propósito, apenas para ficar melhor no vídeo. Sofri quando aos 15 anos fui rejeitada de uma agência de modelos por ter o quadril largo demais. E olha que eu nunca fui gorda, mas ja me achei enorme diversas vezes e sofria com isso. Fiz lipo em lugares do meu corpo que odiava ( aos 26 anos) Hoje olha pra trás e não me culpo, não me julgo. Fui apenas vítima das capas de revistas, da pressão da mídia, da obrigação de estar sempre linda, leia - a magra! Hoje vejo @carolinie_figueiredo@mbottan @naosouexposicao@ellorahaonne @pretararaoficial@theashleygraham@marianaxavieroficial. Enfim... faria aqui (ainda bem) uma lista maravilhosa e imensa de mulheres que nos mostram a realidade, que nos ensinam, que nos ajudam a tirar esse maldito peso e fazer com que deixemos de nos odiar, de odiar o nosso corpo. Você é linda! Na cultura que vivemos, nós mulheres crescemos com o fardo de ter que agradar o homem, que se ele não achar bonito, gostoso, agradável, você é uma merda! Chega né? Hoje aos 39 anos, mãe de duas meninas (fico feliz que meninas tem acesso a esse empoderamento muito mais cedo hoje) me sinto tão livre! Eu gosto de fazer exercício e comer bem, me sinto disposta. Tenho fases mais intensas e outras menos, mais não se torna mais uma tortura. Não vou mentir, ainda tem coisas que me incomodam mas como eu disse no texto do meu aniversário, amo minha EU de hoje mas ela ainda tá desaprendendo e desconstruindo e aprendendo a amar essa minha barriguinha linda da foto. E a tomar minha cervejinha sem culpa, porque AMO tomar minha cerveja com meus amigos, e eu posso parar de tomar por intolerância mas não vou parar pra ser magra. Samara também compartilha cliques antigos para relembrar fases difíceis da sua vida. Na legenda da foto acima, ela explicou que à época, já tinha questões de imagem: Uma viagem linda que fiz pra Ilha de Páscoa. O que me entristece é olhar pra essa foto e lembrar que pra posar foi um sacrifício porque eu odiava meu corpo, tamanha pressão estética nós sofremos desde que nascemos! #chegadepadrao #representatividade #estetica.Mais uma vez relembrando uma matéria antiga, de quanto tinha 21 anos, Samara fez um textão: Isso não vai acabar nunca! Ontem me deparei com um programa de auditório inteiro voltado para objetificação da mulher e em como ela mais agrada ao homem. Com pesquisa na rua com os macho e tudo pra saber qual a preferência nacional. No palco, doutores dizendo a melhor forma de fazer cirurgias, adesivos para levantar o peito, sutiãs que deixam seios perfeitos, o que seria perfeito? É cruel, é errado, sempre foi. E essa crueldade se perpetua até os dias de hoje. Trazendo bulimia, anorexia, suicídios, cirurgias... Inclusive somos todas vítimas dessa sociedade sufocante da perfeição. Décadas e décadas tentando ser quem não somos! Vítimas de uma sociedade que não respeita nossa forma de se vestir, agir, trabalhar, ser. Que dita cara do verão! Mulheres morrem quase todos os dias em procedimentos cirúrgicos. E não estou julgando a cirurgia que você escolheu, mas se formos a fundo, se tivéssemos simplesmente sido educadas a agradar a NÓS mesmas, não tivéssemos uma mídia tirana esfregando na nossa cara que estamos gordas demais, magras demais, peludas demais, peituda demais, despeitada demais, nariz ossudo demais, cabelo ralo demais ou cheio demais, mancha demais... seríamos livres. Livres de procedimentos cirúrgicos desnecessários e essa busca incessante pela estética inatingível. O Brasil lidera o ranking de cirurgias plásticas no mundo entre o público jovem. No ano passado, foram 90 mil procedimentos. Meninas de 15 anos colocando silicone. Segundo médicos especialistas os fatores que levam os jovens a procurarem cirurgias são a vaidade, auto estima e o desejo de aceitação... Ela vem de dentro meninas e não de fora! Cresci a vida toda tentando me encaixar, pra profissão, pra agradar namorado, a mídia, e o pior, eu já estava encaixada. Achei essas matérias após escrever esse texto, me assustei mais uma vez com quem eu era. E agradeci profundamente quem me tornei. Agora me responde, porque eu passei a vida lutando com a balança sem nenhum propósito? E o que me dói lembrar, é que eu fiz parte dessa mídia nesse lugar penoso. Peço perdão a minha geração. Sigamos, sejamos, amemos - mais a nós, lutemos e libertemos-nos. (Foi mal o textão).Em uma publicação, Samara falou sobre muitas coisas de sua vida que ela ama: Eu amo essa minha versão franja! Eu amo todas as minhas versões! Eu amo não permitir mais que me façam mal! Eu amo os amigos que me cercam! Mas logo em seguida, falou sobre o que não gosta: Eu amo minhas filhas!! Mas não amo tanto ser mãe (Boom! Polêmica). Eu amo não sentir mais culpa! (Tô em processo). Eu amo exercitar o não julgamento! (Tô em processo). Eu amo minhas Deusas e Deuses negros! Eu amo povo preto. Eu amo não competir com outras mulheres! Eu amo não ser escrava do padrão! Eu amo o Elidio Sanna (namorado da atriz). Eu amo as mulheres que lutam ao meu lado! Eu amo um belo porre! Eu amo tatuagem! Eu amo batom e unha vermelhos! Eu amo meu irmão! Eu amo minha mãe! Eu amo ficar com a xuxinha do cabelo no pulso! Eu amo a natureza! Eu amo a liberdade! Eu amo amar tanto! Eu amo me amar. Me empolguei com tanto amor. Confira, a seguir, os desabafos dela que mais bombaram nas redes!E também fez textão indignada sobre quem comemora o Dina Internacional da Mulher:  Não consigo comemorar a data e do jeito que anda nem sei se conseguirei pelos próximos anos. Tive amigas agredidas nesse carnaval apenas por se defenderem, sim temos que nos defender, todos os dias, infelizmente. Andamos com medo nas ruas e em casa. O que consigo agora é desejar e lutar. Cada vez mais com toda a minha força. Tanta falta de empatia, tanto desrespeito e violência. Tanto desamor e união. Tanta competição e julgamento principalmente entre mulheres. Tanto domínio do patriarcado ainda. Gerações e gerações se repetindo. Gerações e gerações lutando. O que consigo fazer agora é usar, daqui do alto do meu privilégio, a minha voz dentro do meu lugar de fala, para falar por e com muitas que são caladas. É dar força para que se ergam. O que consigo fazer agora é ouvir, enaltecer e caminhar, junto com as mulheres negras, que buscam a cada dia sua sobrevivência, seu lugar e precisam lutar além do machismo, contra o racismo. O que consigo fazer agora é pedir que homens não se omitam. Eu particularmente acredito que precisamos de vocês juntos nessa luta. Vocês têm muito o que fazer. Consigo agradecer as gerações de mulheres que lutaram e morreram para que tenhamos hoje um mínimo de liberdade e direito. Às mulheres que nos dia de hoje lutam mesmo sem saber, que geram, criam, cuidam e tentam fazer desse mundo melhor. À minha mãe, minhas avós, bisavós, minhas tias e primas que são tão vítimas dessa sociedade quanto eu. E por fim as minhas filhas que me fizeram sentir o poder e a força que há em mim. Que me fizeram sair da minha “zona de conforto” e enxergar a importância de ser quem sou e dar as mãos a outras mulheres para que se inspirem e sintam o poder do feminino que habita em nós. Minhas filhas saberão disso um dia, se é que já não sabem. Hoje não é o dia da mulher, porque isso é todo dia. Hoje é dia de ocupar e revolucionar. Amo vocês mulheres. Amo ser mulher. Hoje é dia de ir pra rua e gritar por liberdade, respeito e igualdade.Em um desafio com uma foto de 10 anos atrás, ela postou: Eu não ia entrar nessa onda mas aproveito pra vir com textão, afinal em 2009 eu fui mãe pela primeira vez. E ali está eu: a grávida ingênua. Não tinha idéia o que me aguardava. Hoje em dia não sei se fui mãe mais por vontade própria ou pra “formar a tão sonhada família”, mas me entreguei nessa parada maluca aí. O problema é lidar com a frustração se nada disso dá certo, se o teto do castelo que você construía cai na sua cabeça ou até se vc tenta aquela gravidez tão cobrada e não consegue. Quanta cobrança. Isso não ensinam pra gente quando “mocinhas”. Escolhas, diversidade, liberdade. Mudei. Hoje em 2019 eu ainda não sei o que essa maternidade guarda pra mim, mas a respeito, exerço, aprendo, apanho, me entrego, morro de amor, de saudade, de angustia, de cansaço, choro, grito e sirvo de exemplo. Exemplo!! Alguém te copiando 24 hrs/dia, nem colocar aquele ketchup em tudo você pode mais porque é péssimo exemplo, risos. Piadinhas a parte... Alícia veio pra me tirar da minha bolha branca privilegiada e cega. Alicia é meu norte. É o orgulho que tenho de ser quem sou e de quem quero criar. De ser quem eu me transformei e tenho buscado cada vez mais. Em 10 anos eu descobri a força que há em mim. Descobri o quão difícil é sair da “zona de conforto” e o poder que isso dá. Descobri que eu posso ir muito mas muito mais além do que me fizeram acreditar que poderia. O desabafo que mais tocou as seguidoras de Samara foi sobre sua barriga: A barriga e? proibida. Perseguida. Alvo de artilharia e de armas químicas. A guerra contra a barriga é antes de tudo uma guerra contra o ser mulher. Qualquer que seja sua forma ou tamanho, é na barriga das mulheres que nasce a vida, o riso, a criação. Amar a barriga é transgressor. É um ato revolucionário de cura. Dentro e fora do padrão, somos ensinadas desde cedo a ocuparmos o mínimo possível de espaço. Meu lugar no mundo e? este aqui: pontuado pelo escuro do meu umbigo. Cobrir e esconder o volume que o meu corpo ocupa não reduz meu tamanho no espaço. É o corpo que delimita a parte que me cabe, ínfima e imensurável. A barriga é luminosa.Sou uma mulher mas sou também muitas. A barriga lembra. Trespassada pelo plexo solar, ela catalisa o poder pessoal, a consciência visceral. Dela vem uma força ancestral de movimento e de vitalidade pura, selvagem. A barriga é inteligente e também sensível. A barriga quer ser amada. É na barriga que a intuição me agarra, que o friozinho do desejo verdadeiro me estremece. É dentro dela que aquilo que me nutre borbulha lentamente para alimentar minhas criações. A barriga é uma usina de transformação. Um portal entre o imaterial e o material. Mais do que permitida, a partir deste momento eu declaro que a barriga é sagrada. A barriga é revolucionária.Felippo continuou: Olhei essa foto, por segundos eu me odiei e logo veio esse texto na minha mente! Faço minhas as suas palavras! Que bom poder dividir com vocês, espero que inspire. E que fique claro, eu ainda tenho plena consciência do padrão que ocupo. E chega de opressão e de vergonha com qualquer parte do nosso corpo! Mulheres: Vamos nos amar!
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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