Bette Davis e Joan Crawford: a segunda colaboração não finalizada das atrizes
Hollywood Forever TV
Enquanto Bette Davisbrilhava nos palcos de teatro, Joan Crawford mantia-se como uma das maiores estrelas de longas-metragem. Mas como todos sabem, a idade avançada sempre foi muito cruel para as mulheres em Hollywood. Tanto Bette quanto Joan sofreram com a falta de papéis no cinema após atingirem a meia idade.
Foi assim que o filme "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" surgiu. As duas atrizes, que nunca se deram muito bem e deixavam isso explícito para o público, decidiram se juntar para impulsionar suas carreiras. Foi assim que o projeto de adaptação do livro homônimo de Henry Farrell foi iniciado.
Mesmo após uma produção difícil, onde as atrizes constantemente brigavam e disputavam por seu lugar de destaque, Baby Jane foi lançado ao público. O sucesso do longa foi tão grande que a produção atingiu o preço de seu orçamento com apenas 11 dias de bilheteria. O filme chegou até a ser indicado ao Oscar de 1963.
Mas você sabia que Robert Aldrich e a Warner Bros tentaram fazer mais um filme com a Bette e Joan? Segundo o site Bustle, Jack Warner (executivo fundador da Warner Bros) suplicou para que Aldrich criasse muita tensão entre as atrizes, visando melhorar suas performances e criar publicidade ao filme que seria entitulado "Hush... Hush, Sweet Charlotte".
Inicialmente, Joan Crawford foi relutante em aceitar o papel, mas acabou cedendo quando pediu que seu nome tivesse mais destaque na divulgação do filme. Ela também pediu para a alteração do título, já que antes o longa seria chamado "O Que Terá Acontecido a Prima Charlotte?", o que faria o público pensar que aquela era uma continuação de Baby Jane. Bette Davis também teve suas próprias exigências, pedindo que seu salário fosse igual o do diretor, sendo assim, mais caro do que o de sua co-star.
Porém, as coisas não deram tão certo quando em Baby Jane. Quando Joan Crawford sentiu-se ameaçada e eclipsada pela performance de Davis no filme, ela fingiu estar doente para se ausentar das gravações. No livro "Whatever Happened to Robert Aldrich?", os autores Alain Silver e James Ursini disseram:
Supostamente, Crawford ainda estava enfurecida com Davis por sua atitude em Baby Jane e não queria ser ofuscada novamente, como a indicação de Davis de Melhor Atriz lhe convencia. Crawford trabalhou somente quatro dias em todo o mês de julho. Porque ela contou aos outros que estava se sentindo doente para sair completamente do filme, Aldrich [o diretor] foi colocado em uma posição ainda pior... Ele contratou um detetive particular para gravar os movimentos de Crawford."
A história terminou com a companhia de produção pedindo pela saída imediata de Joan do elenco ou o filme seria cancelado. Assim, a grande atriz foi substituida por Olivia de Havilland, que era amiga de Bette. Desde então, Joan e Bette jamais trabalharam juntas em outras produções.
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