Filme "Ainda Estou Aqui" sofre pedidos de boicote por perfis de direita nas redes
ICARO Media Group TITAN
O filme "Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello, tem causado polêmica nas redes sociais devido a suas abordagens sobre a Ditadura Militar. Perfis nas redes sociais de viés político à direita têm pregado um boicote à produção, questionando a veracidade dos fatos retratados. Apesar disso, o longa conquistou a atenção do público e dos críticos, recebendo elogios e reconhecimento em importantes festivais de cinema, além de ser o escolhido para representar o Brasil na corrida pelo Oscar.
A narrativa do filme, baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, acompanha a trajetória de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, que lutou incansavelmente pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, vítima da repressão do regime militar. O longa se destacou ao vencer o prêmio de melhor roteiro no renomado Festival de Cinema de Veneza e está na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025, além de colocar Fernanda Torres como uma das favoritas na disputa por melhor atriz.
No X, o perfil Primeiro Front publicou uma foto do encontro da atriz protagonista com o presidente Lula e escreveu: “Com medo de Boicote, Fernanda Torres, eleitora de Lula que já afirmou ter preconceito contra crentes, agora pede paz e diz que seu filme ‘Ainda Estou Aqui’ é para todos… Você vai boicotar o filme?”.
Apesar das críticas e do boicote promovido por alguns perfis políticos, o filme teve uma estreia promissora, atraindo 358 mil espectadores às salas de cinema somente no fim de semana inicial, o que resultou em uma arrecadação de R$ 8,6 milhões, segundo dados da Comscore. Os números evidenciam o interesse do público pela obra, contrariando as previsões pessimistas de alguns críticos.
O embate nas redes sociais reflete as divergências políticas presentes na sociedade brasileira, em especial quanto à interpretação histórica dos eventos ocorridos durante o período da Ditadura Militar. Enquanto alguns defendem o boicote ao filme como forma de contestar sua narrativa, outros enxergam na produção uma oportunidade de reflexão e memória sobre um período sombrio da história do Brasil.
Em um momento onde o cinema nacional busca ampliar sua visibilidade e marcar presença em premiações internacionais, "Ainda Estou Aqui" se destaca não apenas pelas premiações e reconhecimento até o momento, mas também por provocar debates e reflexões sobre temas sensíveis e relevantes para a sociedade brasileira.
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