Justiça suspende audiências no caso de assédio de Marcius Melhem
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ordenou a suspensão das audiências que estavam programadas para agosto no caso em que Marcius Melhem enfrenta acusações de assédio sexual. A determinação foi feita pelo desembargador Paulo Rangel, atendendo a um pedido de habeas corpus feito pela defesa de Melhem. Os advogados do ex-diretor da Globo alegam que os fatos descritos na acusação não configuram crime e que o Ministério Público havia recomendado o arquivamento da denúncia. A suspensão foi realizada em caráter liminar para analisar mais detalhadamente os argumentos apresentados pela defesa e aguardar uma possível decisão sobre o trancamento da ação penal.
Na última quinta-feira (24), a decisão pela suspensão das audiências foi acatada. No entanto, nesta segunda-feira (28), a 7ª Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus emitiu um parecer recomendando a manutenção da ação penal. O procurador Ellis Hermydio Figueira Junior argumentou que existem indícios suficientes para dar continuidade ao processo. Segundo o procurador, a denúncia apresenta elementos que justificam o prosseguimento do caso, descrevendo detalhadamente os supostos atos de assédio sexual cometidos por Melhem contra diversas vítimas.
No documento, o procurador também expressa surpresa com a manifestação do promotor Luís Augusto Soares de Andrade, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que propôs o arquivamento do processo. Ele menciona que vários outros promotores que já se pronunciaram sobre o caso sempre solicitaram mais investigações.
As acusações de assédio contra Marcius Melhem surgiram em 2019, quando a atriz Dani Calabresa denunciou o humorista ao setor de compliance da TV Globo. Em 2023, Melhem se tornou réu após ser acusado de assédio sexual por três mulheres, com outras cinco denúncias sendo consideradas prescritas. Em entrevista, a advogada Mayra Cotta confirmou e expôs as acusações feitas por Calabresa e demais vítimas. O humorista negou veementemente as acusações em setembro do mesmo ano, alegando que o processo foi uma tentativa de execração pública sem fundamentos.
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