Polêmica na Netflix: cena explícita de série gera debate sobre censura no Reino Unido

A última cena do último episódio da série original da Netflix, "Um Homem por Inteiro", está causando uma intensa polêmica devido à sua exibição sem censura. A controvérsia se centra na representação do personagem Raymond, interpretado por Tom Pelphrey, que é mostrado com o pênis ereto sem nenhum tipo de censura ou filtro.

No enredo da série de seis episódios, Raymond tem uma discussão com Charlie Croker, vivido por Jeff Daniels, após consumir um estimulante sexual e protagonizar uma cena íntima com o personagem de Diane Lane, Martha Croker. Durante esse momento, Raymond retira o lençol que o cobria e expõe seu órgão sexual, mostrando o efeito do medicamento.

Reprodução: Netflix

A série "Um Homem por Inteiro" possui classificação etária para maiores de 16 anos, mas não havia nenhum aviso prévio sobre a cena explícita. Isso gerou revolta e questionamentos por parte do público em relação à responsabilidade da plataforma de streaming em relação ao conteúdo que exibe.

No Reino Unido, a polêmica teve desdobramentos. Alexander Stafford, membro do parlamento do país, sugeriu uma supervisão mais rigorosa das produções da Netflix. Ele afirmou que, se a plataforma estivesse apresentando esse tipo de "lixo pornográfico de baixa qualidade", deveria ser submetida à supervisão completa do Ofcom, órgão fiscalizador do governo britânico, o mais rapidamente possível.

Em resposta às acusações, a Netflix defendeu-se e afirmou que apoia a proposta de nova legislação no Reino Unido, que estabeleceria a supervisão de um órgão estatal para determinar quais conteúdos podem ser exibidos nos países que compõem o Reino Unido.

A controvérsia em torno da cena explicita de "Um Homem por Inteiro" continua levantando questionamentos sobre a necessidade de uma regulamentação mais estrita nas produções das plataformas de streaming. Enquanto isso, é aguardada uma possível resposta por parte das autoridades britânicas em relação a essa proposta de supervisão estatal.