Ale Monteiro revela que precisou driblar preconceito para se tornar o diretor criativo queridinho dos famosos: "Minha missão não é só trazer beleza"
Máxima
A dedicação é contínua. Os estudos, também. Isso explica o currículo poderoso do diretor criativo Ale Monteiro, queridinho das celebridades. Em sua carreira, que, aos 16 anos, já estava fotografando, ele já trabalhou com personalidades como Maite Perroni, Christian Chávez, Gaby Spanic, Zac Efron, Kat Graham, Lindsay Lohan, Thomaz McDonnell, Vera Fischer, Denise Fraga, Danielle Winits e alguns outros.
Em exclusiva à Máxima, ele revelou como driblou o preconceito por ser gay e se tornou o queridinho das celebs.
“Fotografo desde os 16 anos, então, a direção, a fotografia e essa inclinação para a arte sempre foi muito natural. Eu considero muito importante porque um diretor criativo é responsável para que essa mensagem da foto, da pessoa ou da publicidade seja traduzida e entendida. Sempre tive essa facilidade e, em 2012, comecei a atuar em revistas, editoriais e campanhas, mas isso está em mim desde sempre porque é genuíno”, disse.
Tamanha experiência explica a versatilidade de seu trabalho. Entretanto, ele recorda que vivenciou situações de preconceito no meio, mas hoje tem ao seu lado uma equipe extremamente capacitada e livre de estereótipos.
“Para montar um ensaio onde o cliente se sinta confortável, existe uma estrutura e uma equipe que costumo chamar de orquestra. Essas pessoas precisam estar abertas a lidar com qualquer tipo de indivíduo, já que nada que eu faço envolve limitações à minha arte. Sempre gosto de escolher tudo para revelar a melhor versão da pessoa e conto com todos para isso. Claro que cada cliente tem sua proposta, mas eu procuro traduzir a mensagem dele com muito cuidado e delicadeza, seja através da maquiagem, do figurino, do cabelo, ou da iluminação, do cenário e objetos de cena. Tudo se complementa para isso e eu procuro estar sempre muito imerso e atento a tudo. Até aqui, o resultado tem sido fantástico, mas tenho consciência de que precisei lidar com situações desagradáveis sobre minha sexualidade e por fugir dos padrões para que hoje estivesse dando certo”, garantiu.
Apesar dos anos de carreira, Ale fez questão de dizer que não para de estudar e se aprimorar. Segundo ele, isso garante que seu trabalho tenha originalidade.
“Gosto sempre de estudar para entender o que está acontecendo no inconsciente coletivo e, dessa maneira, direcionar a imagem do que estou trabalhando para que o público entenda e assimile. Meu melhor trabalho é sempre o próximo, então, me dedico ao extremo. Eu costumo dizer que na arte nunca tem rotina… Gosto de me inspirar, desenhar e pintar para esvaziar a mente para o próximo trabalho. Tomo esse cuidado porque é muito fácil a gente se contaminar por energias ou trabalhos anteriores. Essa é a razão para vermos tantos profissionais bons sempre repetindo o mesmo. Por isso, gosto de sempre me permitir algo novo”, revelou.
E tem dado resultado, afinal, no último ano, 2022, o faturamento dele foi de quatro milhões. Para 2023, o esperado é mais do que o dobro: oito milhões e meio, já que a agenda já iniciou o ano 89% preenchida. O motivo do sucesso, ele atribui à maneira sensível e inovadora como decidiu trabalhar.
“Minha missão não é só trazer beleza, mas tentar transformar a maneira como as pessoas se enxergam. Eu vejo que, no estúdio, elas são transformadas também internamente, conhecendo uma versão melhor de si mesmo. O melhor é que elas se emocionam e saem tocadas e felizes. Vejo muita importância nisso”, finalizou.