Leonardo Miggiorin volta atrás e abre o jogo sobre orientação sexual
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Leonardo Miggiorin voltou atrás e falou, definitivamente, sobre sua orientação sexual. Anteriormente, o ator havia dito que se identificava como um homem bissexual, mas contou que, na verdade, é gay.
O artista disse que não tem mais medo de se esconder e que está feliz em ter assumido quem realmente é.
"Não quero ficar a cada entrevista mudando de letra. E estou, sim, disposto a dizer que sou gay e está tudo certo. É esse o meu posicionamento e a minha experiência agora. E não tenho nada a esclarecer, porque não acho necessário. Mas sou gay. Sou gay desde que nasci, desde pequeno, desde que comecei a me entender como pessoa", falou.
O ator confessou que sentia dificuldade em se definir e se "encaixar" nos padrões impostos pelos rótulos.
"Acho que os rótulos são limitantes e geram uma polêmica desnecessária. Já tive experiências com homens e com mulheres, e a minha conversa com meus pais foi essa desde o início. Não estou preocupado com qual prateleira vão me colocar, mas parece que a gente precisa se encaixar, né? Então, preciso me limitar, porque pode acontecer uma enxurrada de comentários a partir disso. E se eu namoro um homem hoje, sou gay.", disse.
Há três anos e meio, Leonardo vive um romance com o diretor comercial e produtor João Victor Amado.
Ao falar sobre o namoro, o artista confessou que essa foi a oportunidade para interromper a anulação que já sofreu.
"Com as redes sociais, a comunicação se ampliou e vai ampliar ainda mais. E, com isso, é preciso que você seja mais verdadeiro. Até então, era como se eu tivesse me anulado a ponto de não poder incluir alguns aspectos da minha história", comentou.
Ele completou: "Dos meus 20 anos para hoje, tenho um certo pesar porque deixei de construir muitos vínculos com medo de expor a minha intimidade. Como você cria uma amizade, se não expõe a troca de experiências e vivências? Já passei por situações de estar conversando com alguém, de ouvir coisas íntimas do outro, e não conseguir contar das minhas coisas. E olha quantas chances perdi, ao longo da minha vida, por não me autorizar a me abrir.".
"O processo de me autorizar foi inevitável. Era perder tudo ou começar a me permitir. Foi um processo de libertação e de reconstrução da autoestima. Porque quando você cresce de uma forma fragmentada, não me permitia mostrar determinados aspectos da minha vida. E isso ficou arraigado na minha cabeça e não conseguia olhar", finalizou.