25 anos de Operação Cupido: Estrela da versão original já conheceu Walt Disney
Recreio
Os fãs mais recentes de “Operação Cupido” talvez tenham conhecido o título da Disney através da versão que traz Lindsay Lohan no papel principal, visto que esta é a mais recente, tendo chegado aos cinemas 25 anos atrás, em julho em 1998 — no entanto, a história das gêmeas idênticas que cresceram separadas pelos pais surgiu muito antes!
Sob a direção de David Swift, o enredo foi lançado há mais de 60 anos, mais precisamente no ano de 1961, quando estreou nas telonas o longa-metragem de mais de duas horas de duração em que a atriz Hayley Mills foi escalada para interpretar as protagonistas da trama, as irmãs Susan e Sharon.
A sinopse do filme dá década de 1960 disponível no Disney+ diz: “Susan e Sharon são gêmeas idênticas separadas ao nascer. Nenhuma das meninas sabe da existência da irmã até que, por simples ironia do destino, elas acabam no mesmo acampamento de verão. Então, percebendo quem são, elas planejam sua própria ironia do destino: trocam de lugar na esperança de reconciliarem os pais divorciados”.
A primeira versão de “Operação Cupido” se tornou inovadora e importante para a época, visto que, conforme explica o portal Screenrant, o uso de efeitos de tela dividida visto no filme não era algo recorrente, além do que, segundo apontado pela intérprete da protagonista, Mills, em entrevista ao Entertainmet Weekly, a obra abordava um assunto delicado para muitas crianças no período em que foi lançado: o divórcio dos pais.
Era sobre crianças lidando com o divórcio, e surgiu em uma época em que mais e mais famílias estavam se separando. Quando fui para o internato, havia uma garota na minha classe cujos pais estavam divorciados, e ela estava tão infeliz com isso e se sentia envergonhada. Mas ela nunca admitiu que era.”
Além do enrendo e do mérito cinematográfico, para Mills, o filme tem ainda uma relevância ainda maior. Isso porque, este foi o segundo longa-metragem da Disney em que a atriz pode observar seu próprio nome surgindo na parte dos créditos, já que antes disso, ela tinha estrelado “Pollyanna”, produção lançada em 1960 pela qual ela recebeu o Oscar Juveline Award, se tornando a última atriz a receber o prêmio que já havia sido entregue a grandes atores daquele momento como Shirley Temple, Mickey Rooney e Judy Garland.
Ainda que os dois filmes tenham sido inesquecíveis para Mills de maneiras diferentes, a atriz revela que tudo poderia ter sido diferente se ela não tivesse tido a chance de conhecer Walt Disney, o fundador de um dos maiores e mais importantes estúdios de entretenimento do mundo, pessoalmente.
Como foi o encontro de Mills e Walt Disney?
O encontro entre o produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista, dublador, animador, empreendedor, filantropo e a estrela de 'Operação Cupido' foi explicado por Mills ao EW, ao qual ela definiu como um presente do destino enquanto contava como "Pollyanna" transformou sua carreira.
Eu era apenas uma garotinha indo para a escola que um dia conheceu Walt Disney no Dorchester Hotel, e em poucos meses eu estava em um avião voando para Hollywood", explica Mills. "Trabalhar em Pollyanna foi uma experiência incrível e foi o começo do resto da minha vida, na verdade. Nada disso foi planejado. Acontece que eu era uma dessas pessoas extraordinariamente sortudas. O destino disse: 'Aqui', e me deu algo, e isso é motivo de gratidão."
Ela explica ainda que não tinha dimensão do que aquele bate-papo com Walt significaria. "Na época, eu não entendia o impacto que aquele encontro teria em minha vida. Não fazia ideia de que minha vida viraria de cabeça para baixo. Claro que já tinha ouvido falar de Walt Disney, ele era como um mago mágico. Eu tinha visto Bambi e depois Branca de Neve, então conhecer o homem que fez esses filmes foi incrivelmente emocionante", disse Mills.
Por fim, a atriz relembrou o momento nostálgico que definiria o rumo de sua assessão ao estrelato com uma grande precisão de detalhes, revelando que quando conheceu Walt, estava com seu pet de estimação e passou “a maior parte da entrevista rastejando pelo chão”.
Ainda me lembro desse encontro porque levamos nosso cachorrinho conosco e passei a maior parte da entrevista rastejando pelo chão! Mas realmente tudo se encaixava tão facilmente. Foi só quando eu cresci que percebi como é muito raro essas coisas acontecerem dessa maneira”, relembra.