Aladdin se passa em um futuro pós-apocalíptico?
Recreio
Lançado em 25 de novembro de 1992, “Aladdin”, apresentou aos amantes das histórias animadas da Disney, o jovem título do filme que vivia de pequenos furtos até conseguir libertar o gênio da lâmpada e ter seus desejos atendidos — ou quase isso.
A trama que se tornou um clássico do estúdio logo foi transformada em uma franquia, visto que além da animação, o Principe Ali também estrelou games próprios, além de ter surgido em sua primeira aventura live-action em 2019, filme que contou com os astros Will Smith, Naomi Scott e Mena Massoud no elenco.
A verdade é que a história conquistou diversos fãs ao longo dos anos, esses que inclusive, criaram uma teoria sobre o tempo em que a trama de se passa, através de análises das cenas dos jogos e longas-metragens, chegaram à conclusão de que ‘Aladdin’ é situado em um futuro pós-apocalíptico.
A TEORIA
A teoria ganha sentido no momento em que o Gênio é libertado da lâmpada. Isso porque, no momento em que o ser azul saiu do objeto, ele revelou que ficou aprisionado por 10.000 anos e ao rever o Tapete Mágico, diz que os dois não se viam “há alguns milênios”. Logo depois, o Gênio diz que as roupas de Aladdin são "muito século 3".
Se o Gênio ficou preso por tanto tempo, como ele sabe quais eram as referências de moda e estilo do século 3? A teoria explica que para isso, Gênio foi aprisionado no inicio do terceiro século, ou seja, se ele passou 10.000 anos na lâmpada, tem que ser ao menos 10.300 depois de Cristo quando ele saiu.
Com essa prova de que o filme se passa no futuro, os fãs foram mais a fundo para comprovar que a trama se passa depois do mundo quase acabar. Para isso, a teoria defende que houve uma terceira guerra mundial, onde duas bombas atômicas teriam explodido, quase exterminando a vida humana.
Nessa catástrofe, apenas os Árabes (e alguns Gregos) sobreviveram, reconstruindo o mundo com base em sua cultura. No entanto, com o passar do tempo, o nome "Bagdá" acabou sendo corrompido, ganhando vez então para "Agrabah".
Além disso, os anos que se seguiram após o conflito mundial explicariam também a existência de tapetes voadores e dos poderes do Gênio. Isso porque, com o tempo a tecnologia evoluiu, assim, o ser azul não tinha habilidades mágicas, mas sim, apenas podia controlar os novos avanços tecnológicos.
As provas para essa teoria são fases do jogo de Aladdin para Mega Drive, onde, duas bombas atômicas aparecem, assim como uma placa de ‘Pare’, indicando que houve uma guerra na terra e que haviam locais que os humanos não poderiam mais acessar.
Outro argumento usado pelos teóricos de plantão, é que em certos momentos do filme, o Gênio imita antigas celebridades, como Jack Nicholson, Arnold Schwarzenegger, Groucho Marx e Arsenio Hall, além do que, ele também pode se transformar em objetos modernos. — Como ele poderia fazer tudo isso se não tivesse vivido durante esse período de tempo?
É REAL?
A explicação pode ser achada na mitologia árabe, já que nessa cultura, gênio é uma entidade sobrenatural que pode reger o destino de alguém ou algum lugar. Além disso, são seres onipotentes que podem assumir diferentes formas, assim como estão acima das concepções do tempo e espaço, além de terem conhecimento infinito, o que justifica os poderes e as menções a diferentes épocas da história feitas pelo ser azul visto em ‘Aladdin’.
Além disso, a possibilidade do filme ser situado em um futuro pós-apocalíptico foi desmentida pelos diretores do longa, Ron Clements e John Musker. Em entrevista a E! Notícias, Musker riu e questionou: "Longe no futuro?". "Eu nem ouvi essa", completou.
Além disso, o cineasta contou que a animação, originalmente, se passaria em Bagdá, no Iraque. No entanto, com a eclosão da Guerra do Golfo, que durou de 1990 a 1991, eles acharam melhor alterar o nome.
Mantivemos Bagdá em nosso primeiro tratamento, e então aconteceu a Guerra do Golfo - a primeira Guerra do Golfo. Roy Disney disse: 'Isso não pode ser em Bagdá.' Então, peguei cartas e fiz um anagrama confuso e criei Agrabah", explicou. "Nós criamos algumas alternativas. Mas não, nunca pensamos que fosse pós-apocalíptico, futurista ou em algum outro tempo."
Na mesma entrevista, os dois confirmaram ainda outra teoria, a de que o vendedor ambulante, que vende a lâmpada para Aladdin é na verdade o próprio Gênio, tanto que os dois personagens são dublados pelo mesmo ator, Robin Williams.
É verdade!", afirma Clements, "Essa era a intenção, originalmente. Até tínhamos isso no final do filme, onde ele revelaria ser o Gênio, e, é claro, Robin [Williams] fez a voz do mercador. Só que com as mudanças na história e a edição, perdemos a revelação no final. Então, essa é uma lenda urbana que realmente é verdadeira."