Como funciona o cumprimento de outros países?
Recreio
No Brasil, e em vários outros países, é comum ver as pessoas apertando as mãos. O gesto varia de acordo com cada lugar: Na China, quando mais solto for o cumprimento, melhor. Já na Rússia, o aperto deve ser forte e vem com um firme contato visual. Não se sabe como o costume surgiu, mas acredita-se que, no passado, ao se encontrar, as pessoas estendiam as mãos para mostrar que não carregavam armas. O gesto era um sinal de paz e, com o tempo, se tornou uma saudação.
Sinal de respeito
O povo japonês tem uma forma especial de se cumprimentar. Nesse país, a forma mais comum de saudar um amigo é fazendo a reverência oriental, chamada de ojigi. As duas pessoas ficam uma de frente para a outra e inclinam o corpo a partir da cintura, mantendo a cabeça reta. O gesto serve como uma saudação e também é usado como agradecimento, pedido de desculpas ou quando se é apresentado a alguém.
Mãos juntas
Na Índia, não é muito comum o hábito de dar abraços e apertos de mão. O costume é juntar as mãos, como se fosse fazer uma prece, e dizer Namastê, que significa algo como O Deus que existe em mim saúda o Deus que existe em você. O cumprimento é sinal de respeito ao próximo e à vida de cada um. Ele também é muito utilizado no Nepal.
Bem pertinho
O cumprimento tradicional do povo maori, que vive na Nova Zelândia, é chamado de hongi (diz-se rongui), que quer dizer compartilhar do sopro da vida. Para se cumprimentar, os maori encostam o nariz na ponta do nariz dos amigos e respiram bem fundo, compartilhando o mesmo ar.
Língua do bem
Aqui no Brasil, mostrar a língua é uma brincadeira mal-educada, mas não estranhe se algum tibetano fizer o gesto para você. No Tibete, essa é uma forma de cumprimentar as pessoas. A tradição veio de uma história antiga: no século nove, o rei Lang Darma, conhecido por sua crueldade, tinha a língua preta. As pessoas começaram a colocar a língua para fora para mostrarem que não são mais.
Gesto de surfista
No Havaí, o shaka ou hang loose é um dos principais cumprimentos. O sinal surgiu com um havaiano chamado Hamana Kalili, que perdeu os três dedos do meio em um moedor de açúcar e passou a acenar apenas com o polegar e o mindinho. Muita gente gostou do novo gesto, principalmente surfistas e crianças, que popularizaram o hang loose. Em pouco tempo, o aceno virou uma tradição no país e se espalhou por todo o mundo.
Cheiro bom
O povo inuíte, esquimós que vivem nas regiões árticas do Canadá, tem um jeito diferente de dizer oi para as pessoas mais próximas. O costume é esfregar o nariz no lábio superior de um amigo ou familiar e cheirar o rosto da pessoa para demonstrar afeto.
Beijos e abraços
No Líbano, é comum cumprimentar os amigos com apertos de mão. Os libaneses também trocam beijos e demonstrações de carinho, mas só quando estão com pessoas da família ou com amigos bem próximos. Só duas amigas ou dois amigos fazem isso, pois uma amiga e um amigo não se tocam. Eles também dizem Marhaba, que quer dizer olá, e levam a mão ao peito, em sinal de respeito.
De tirar o chapéu
A saudação em que se levanta dois dedos até a altura da cabeça é muito comem na Austrália e nos Estados Unidos. O cumprimento geralmente é usado entre os homens, por causa da origem: o gesto vem de um tempo em que os homens tocavam ou tiravam o chapéu para cumprimentar alguém.
Eca
A tribo Masai, que habita o Quênia e a Tanzânia, tem um costume bem diferente: cuspir nos amigos como forma de saudação. Os mais velhos podem cuspir nos amigos mais novos, que devem cuspir na própria mão antes de oferecê-la ao companheiro de mais idade. Quando um bebê nasce, é batizado pelos homens da tribo em um ritual de cuspe!