Crepúsculo: Afinal, como funciona um imprinting?
Recreio
Apesar de ter sua própria mitologia, o universo de Crepúsculo, criado por Stephenie Meyer, se baseia em alguns conceitos que já existem na vida real. Entre os exemplos, temos o imprinting, que é um tema bastante explorado entre os lobisomens da saga, principalmente por Jacob, interpretado por Taylor Laurent, que acreditava que teria um imprinting por Bella durante boa parte da trama.
Mas afinal, o que é um imprinting?
No mundo real, imprinting é um termo em inglês que pode significar impressão, marca, cunho, carimbo, entre outros adjetivos que descrevem o fato de marcar algo ou alguém. A partir dessa definição, a palavra pode ser usada para descrever alguns conceitos e fenômenos da genética e da psicologia.
Dentre as várias noções sobre o termo, a que mais se aproxima com o que vemos nos filmes de Crepúsculo é sobre o fenômeno onde um recém-nascido reconhece sua mãe na hora do nascimento. Tal momento fortalece o vínculo e o apego entre mãe e filho.
Nos livros de Meyer, o imprinting possui um caráter mais amoroso, ou seja, quando um lobisomem tem um impriting com alguém, quer dizer que aquela pessoa é sua alma gêmea e ele tem que protegê-la com toda a sua vida. Porém, não foi só o fato de tentar entender o que é esse fenômeno que deixou os fãs confusos, mas também o ponto de que Jacob tem um imprinting por Renesmee, logo que ela nasce.
Imprinting de Jacob
Durante toda saga é explicado várias vezes pelos membros da tribo Quileute que o imprinting não pode ser forçado. Isso fica claro durante todos os acontecimentos antes do nascimento de Renesmee, uma vez que Jacob tentou com todas as suas forças ter um imprinting por Bella, a qual ele jurava ser sua alma gêmea. Foi por conta disso que surgiu o triângulo amoroso entre um lobisomem, uma humana e um vampiro.
Jacob tem um imprinting no exato momento em que vê a filha de Bella e Edward pela primeira vez, logo após o parto. Depois que Bella renasce como vampira, ele explica que a atração que sentia, na verdade, não era para ela, e sim para Renesmee, como se ele soubesse, de alguma forma, que a menina nasceria e seria sua alma gêmea.
Entretanto, muitos fãs não gostaram da ideia de um recém-nascido já ter um possível relacionamento amoroso desde o dia que nasceu. O que poucos sabem é que há quatro estágios nesse fenômeno, o que acabaria poupando a grande diferença de idade entre os dois. Tais fases funcionam de acordo com a mitologia de Crepúsculo.
Na primeira fase do imprinting, o lobisomem terá um vínculo de irmão mais velho com Renesmee. Já na segunda etapa, quando a menina estiver mais velha — o que podemos considerar que será em um curto tempo por ela ser uma híbrida — a conexão entre os dois seria platônica e eles seriam melhores amigos. É a partir do terceiro estágio do fenômeno que os sentimentos românticos começam a florar, e somente na quarta e última fase do imprinting que o amor se torna concreto, sendo verdadeiramente puro.
Renesmee pode rejeitar Jacob, mas isso é quase impossível de acontecer, porque a ideia é de que o imprinting só acontece quando existe a “combinação perfeita” entre duas almas. Mas caso seja rejeitado, o lobisomem sentiria uma dor indescritível, que poderia levá-lo a tirar sua própria vida.
Não se tem um motivo exato para explicar por que o fenômeno acontece entre os lobisomens, mas alguns membros da matilha possuem suas teorias. Para Sam Uley, o imprinting acontece com a pessoa em que existe uma maior chance de reprodução. Já para Billy Black, o pai de Jacob, o fenômeno surge para que o metamorfo se torne mais forte.
Apesar de todas as explicações, muitos fãs ainda não aprovam a ideia do imprinting entre Jacob e Renesmee. Alguns até alegam que a menina perdeu certa autonomia de sua vida, ao ter o destino traçado ao lado de Jacob tão precocemente.