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Depois de Branca de Neve: Por que a Disney demorou tanto tempo para lançar outro filme de princesa?
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Depois de Branca de Neve: Por que a Disney demorou tanto tempo para lançar outro filme de princesa?

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Recreio
08/12/2022 21h41
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©Divulgação/Disney
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Sendo o primeiro filme animado no formato longa-metragem lançado na história do cinema, “Branca de Neve e os Sete Anões” chegou às telonas no ano de 1937, arrancando uma chuva de elogios vindos do público e da crítica especializada.

O sucesso da produção foi tanto que, 85 anos depois, a animação acumula mais de 418 milhões de dólares em bilheteria internacional — sendo que, na época em que foi desenvolvido, o longa custou aos estúdios Disney uma verba de 1,5 milhão de dólares.

A estreia do filme sobre a primeira princesa criada por Walt Disney marcou o início da chamada “Era de Ouro”, período que marca grandes conquistas inovações realizadas pela Casa do Mickey em suas produções, como o aperfeiçoamento de técnicas de animação, a criação do Fantasound System, os primeiros prêmios do Oscar, e muito mais.

Durante a Era de Ouro, também foram lançados filmes como “Pinóquio”, “Bambi”, “Dumbo” e “Fantasia”, longas que se tornaram clássicos da Disney. No entanto, durante todo esse período, nenhum filme de princesa foi divulgado além de Branca de Neve.

pinóquio
Cena da animação 'Pinóquio' (1940) / Crédito: Reprodução/Disney

Até que um novo conto de fadas ganhasse sua estreia, o público precisou esperar exatos 13 anos, até a chegada de “Cinderela” em 1950. Mas, por que isso aconteceu?

Período de guerra

A Segunda Guerra Mundial é a grande responsável por essa grande demora na estreia de um novo filme de princesas na Disney. No ano de 1941, os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito, e a nação não estava demonstrando interesse em filmes sobre contos de fadas — afinal, o seu país estava em guerra.

Além disso, conforme dito no livro “Disney Princess: Beyond the Tiara: The Stories. The Influence. The Legacy.”, dos autores Emily Zemler e Jodi Benson, as tropas americanas requisitaram parte dos estúdios da Disney em Burbank durante o confronto, onde todos que trabalhavam ali acabaram ajudando nos esforços do confronto.

Foi nessa época em que a Disney lançou propagandas militares para incentivar a população a defender sua nação com participações de personagens como o Pato Donald, além de desenvolver filmes para treinamento militar, insígnias e até mesmo curtas educativos.

Com o país em guerra, seus funcionários servindo ao exército, e a falta de interesse do público em suas produções devido à situação do país, o estúdio chegou ao final do confronto com uma dívida acumulada de 4 milhões de dólares, e estava à beira da falência.

Dessa forma, Walt Disney decidiu que estava na hora de se arriscar novamente, e repetir a fórmula de sucesso lançada em 1937: um novo filme de princesa.

“Todas as coisas que Walt tentou por sete anos não tinham realmente acontecido por um motivo ou outro, ele teve que voltar para algo que era o mais infalível que ele poderia fazer: algo como Branca de Neve — uma linda jovem em apuros, um conto de fadas — e popular.", relembra o animador Frank Thomas no livro ‘Disney Princess: Beyond the Tiara’.

Uma luz no fim do túnel

“Cinderela”, a próxima aposta da Disney, começou a ser produzida no ano de 1948, adaptando um conto francês escrito por Charles Perrault, e que levava o mesmo nome. Devido aos problemas financeiros enfrentados pelo estúdio, era necessário que a animação permanecesse com os custos baixos, e o longa da Gata Borralheira foi finalizado com um orçamento de 2,9 milhões de dólares.

cinderela
Cena da animação 'Cinderela' (1950) / Crédito: Reprodução/Disney

Mas os planos de Walt Disney não poderiam ter dado mais certo. A estreia de “Cinderela” em 1950 foi um enorme sucesso, conseguindo salvar o estúdio da falência. Hoje, a animação acumula mais de 263,6 milhões de dólares, e já contou com relançamentos nos anos de 1957, 1965, 1973, 1981 e 1987, além de receber duas sequências, “Cinderella II: Dreams Come True”, em 2002, e “Cinderella III: A Twist in Time”, em 2007.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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