'Monstros S.A.' deveria ter uma história completamente diferente; descubra!
Recreio
Chegando aos cinemas em 2001, 'Monstros S.A' é o filme da Disney e Pixar dirigido por Pete Docter, Kelsey Mann, Dan Scanlon, que foi protagonizado por James Sullivan e Mike Wazowski, e se tornou o primeiro desenho de ambos os estúdios a ser indicado ao Oscar na categoria de Melhor Animação, concorrendo em 2002 contra ‘Jimmy Neutron’ e ‘Shrek’, o grande vencedor daquele ano.
A trama mostra Sullivan e Wazowski como trabalhadores da fábrica de sustos 'Monstros S.A', onde são encarregados de ultrapassarem portais para os quartos das crianças, com o dever de lhes dar sustos que serão coletados para gerar energia para toda a Monstrópolis, a cidade de uma dimensão única onde eles e outros monstros vivem.
O trabalho da dupla de amigos ia bem, visto que Sullivan era considerado o mais assustador de todos os monstros da empresa, até que em determinado dia, a garotinha que dupla deveria assustar, acaba atravessando o portal, adentrando a fábrica e levando o caos a Monstrópolis, já que lá, eles acreditam que humanos são tóxicos e poderiam levá-los à morte.
Ainda assim, a visita caótica da pequena humana acaba não só mudando o funcionamento de Monstros S.A. no final, já que eles descobrem que os risos são mais potentes que os gritos, mas também proporcionando uma das amizades mais fofas das animações, visto que Sullivan tem um enorme carinho pela menina, dando a ela o apelido de Boo.
Mas, o que alguns podem não saber, é que a história da animação foi originalmente pensada para seguir personagens e dinâmicas totalmente diferentes, conforme revelado pelo co-diretor da trama, Pete Docter, no podcast Creative Screenwriting Magazine de Jeff Goldsmithsobre, conforme repercutido pelo portal Gizmodo em 2009 (via Screenrant).
Na primeira versão, o protagonista seria um homem adulto que vivia um tanto quanto infeliz. As coisas começam a se desenrolar quando ele acaba recebendo a visita de monstros que havia desenhado na infância, onde cada um deles, representaria algumas dificuldades que surgiram ainda quando ele era pequeno, mas que ele deveria ter que se esforçar para superar.
Assim, conforme esses medos fossem superados, os monstros iriam embora, simbolizando a mudança na vida do personagem:
Bem, minha ideia era que se tratava de um homem de 30 anos que é como um contador ou algo assim, e odeia seu trabalho. Em um dia ele ganha um livro com alguns desenhos que ele fez quando criança, e sem pensar, ele coloca [o desenho] na prateleira e naquela noite, monstros aparecem. Ninguém mais pode vê-los. Ele acha que está começando a enlouquecer. Eles o seguem até seu trabalho, e em seus encontros, e tudo isso - acontece que esses monstros são medos com os quais ele nunca lidou quando criança. Cada um deles representa um tipo diferente de medo. À medida que ele vence esses medos, os caras que ele lentamente torna-se um tipo de amigo - eles desaparecem quando ele supera esses medos. É esse final meio agridoce onde eles vão embora, e não muito disso ficou”, revelou Docter.