Qual foi a primeira princesa da Disney a ser produzida sem Walt Disney?
Recreio
Walter Elias Disney foi um cineasta revolucionário no mundo da animação. Ao lado de seu irmão, Roy Disney, fundou aquela que se tornaria uma das principais companhias de entretenimento do mundo: a The Walt Disney Company.
Por anos, Walt e sua equipe produziam apenas curtas animados, lançando produções como “Oswald, o Coelho Sortudo” (1927) e “Steamboat Willie” (1928), que se tornaram extremamente populares entre o público em pouco tempo. Em 1934, Disney teria a ideia que mudaria a história de sua carreira: realizar o primeiro longa-metragem de animação.
Foi através disso que, em 1937, chegava ao cinema “Branca de Neve e os Sete Anões”, o primeiro filme animado no formato longa-metragem da história, e o primeiro a ser feito inteiramente em cores. Ali, também marcava o início de uma das maiores franquias já lançadas pela empresa: a das Princesas Disney.
Graças ao gigante sucesso de Branca de Neve, Walt teve a oportunidade de lançar obras como “Pinóquio” (1940), “Fantasia” (1940), “Dumbo” (1941) e “Bambi” (1942). No entanto, o estúdio entraria em uma grave crise gerada após o início da Segunda Guerra Mundial.
Como muitos de seus funcionários estavam servindo na guerra, e devido à situação do país com o conflito, o público não tinha interesse em ir ao cinema assistir animações, causando sérios problemas aos cofres da Disney, já que filmes lançados nessa época se tornaram um grande fracasso de bilheteria.
O estúdio foi salvo graças ao lançamento de “Cinderela”, considerada por muitos como a princesa favorita de Walt Disney. O novo filme repetiu o sucesso de “Branca de Neve”, e hoje já acumula mais de 263,6 milhões de dólares em bilheteria.
Nove anos após a chegada do filme sobre a Gata Borralheira, a Disney lançaria seu último filme de princesa com seu fundador: “A Bela Adormecida”, em 1959. Apesar de ser considerado um clássico nos dias atuais, o longa não teve uma recepção muito boa em sua estreia, arrecadando apenas 5 milhões de dólares em bilheteria, conforme repercutido pelo G1.
Por esse motivo, Walt Disney decidiu que daria uma pausa nas adaptações de contos de fadas. Além disso, na década de 50, a Disney estava expandindo seus negócios e havia acabado de inaugurar a Disneyland, na Califórnia, e ainda possuía planos para a inauguração de um novo parque em Orlando — mas, infelizmente, Walt não conseguiu ver seu novo empreendimento.
No ano de 1966, Disney foi diagnosticado com câncer no pulmão. Segundo o jornal El País, ele chegou a ser operado em novembro do mesmo ano, porém, não foi o suficiente para deter a doença. Duas semanas depois, em 15 de dezembro, o pai de Mickey Mouse faleceu no hospital Saint Joseph, em Burbank, aos 65 anos.
Crise
Com a morte do fundador, o estúdio entrou em uma fase conhecida pelos fãs como Era de Bronze, ou Era Sombria. Nesse período, a Disney passava por grandes problemas de estrutura narrativa em seus filmes, além de ter apresentado uma nova forma de animação que não foi muito recebida pelo público.
Novamente, a empresa passava por sérios problemas econômicos. Para tentar reverter a situação, a equipe decidiu voltar a apostar na adaptação de contos de fada: foi assim que surgiu “A Pequena Sereia”, a primeira princesa lançada sem a participação de Walt Disney.
A trama que acompanha a história da sereia Ariel chegou 30 anos após o último lançamento de princesa, com “A Bela Adormecida”, sendo uma adaptação menos sombria do conto de Hans Christian Andersen.
Com a chegada de “A Pequena Sereia”, é marcado o início do período conhecido como Era do Renascimento, onde o estúdio voltou a produzir filmes de animação de sucesso. Entre os títulos divulgados nessa época, temos ‘A Bela e a Fera’ (1991), ‘Aladdin’ (1992) e ‘O Rei Leão’ (1994).