Blonde: o que é verdade sobre Marilyn Monroe no filme da Netflix?
Tecmundo
Marilyn Monroe teve uma vida repleta de altos e baixos, com muitas controvérsias e polêmicas. Mesmo tendo marcado seu nome na história do cinema, a atriz sofreu boa parte dos dias de estrelato, embora tivesse alguns aliados dentro da indústria.
Com o lançamento recente do filme Blonde, na Netflix, protagonizado por Ana de Armas, o público pode ficar mais familiarizado com a história da artista. Porém, o que é fato e o que é ficção nessa produção? Confira todos os detalhes logo abaixo!
Blonde: vida de Marilyn Monroe é explorada em novo filme da Netflix
Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que o longa-metragem, dirigido por Andrew Dominik, consiste em uma adaptação literária da obra da escritora Joyce Carol Oates. Em diversas entrevistas, a autora alertou o público sobre Blonde tratar-se de um romance sem compromisso direto com o que aconteceu de fato na vida de Marilyn Monroe.
Assim, é importante pensar que, por mais que uma figura real tenha sido retratada, muitas questões podem ter sido alteradas e não condizem com a realidade. Se você já assistiu Spencer, do cineasta Pablo Larraín, talvez esteja acostumado com esse modo narrativo que tem se tornado tendência no cinema dos últimos anos.
Desse modo, Blonde é apenas inspirado na vida de Marilyn Monroe, transportando para as telas alguns detalhes precisos de sua rotina, mas imaginando vários outros, sobretudo quando se fala dos rumos e escolhas que a guiaram em sua carreira.
Mas, então, o que é verdade no filme?
(Netflix/Reprodução)
Norma Jeane Mortenson, o nome de batismo da atriz, passou boa parte da infância com sua mãe em Los Angeles até esta última ser diagnosticada com esquizofrenia paranoica, algo que a levou a viver em um hospital psiquiátrico afastada de sua filha. Isso realmente aconteceu, marcando para sempre a vida da artista, que ainda foi casada com o jogador de beisebol Joe DiMaggio e o dramaturgo Arthur Miller.
Por ter se transformado em um grande ícone imaginário do meio midiático, diversas imagens famosas de Marilyn foram recriadas no filme por Dominik com o auxílio de sua equipe. Logo, é correto afirmar que alguns desses ensaios fotográficos dela também são fiéis à realidade, bem como os figurinos que também chamavam muito a atenção de seus fãs.
Partindo de certos detalhes biográficos, o romance e, consequentemente, o filme, utilizaram certos recursos para enfatizar algumas passagens, sobretudo quando as relações de Marilyn precisavam ter algum ponto de virada.
Nesse sentido, o colapso de sua mãe é retratado de forma exagerada na produção, bem como o romance poliamoroso entre ela, Charles Chaplin Jr. e Edward G. Robinson Jr., justamente pela falta de evidências concretas e confiáveis a respeito do assunto.
E embora seja cercada de polêmicas pessoais, os bastidores de suas participações em alguns filmes famosos também ganham destaque em Blonde, como Os Homens Preferem as Loiras, de 1953, no qual Marilyn Monroe estrelou ao lado de Jane Russell.
A disparidade salarial entre as duas teria provocado a grande ira de Monroe, que chegou a brigar com seu empresário pela quantia recebida no final do projeto.
(Netflix/Reprodução)
A construção dessa passagem específica foi inspirada em uma entrevista da atriz publicada em 1962, alguns dias após sua morte, na revista Life, na qual o caso é exposto sem muitos filtros.
Falecida aos 36 anos de idade, Marilyn construiu seu nome de um jeito grandioso e talvez essa seja a grande marca que Blonde, da Netflix, queira deixar ao público.