Percy Jackson: Rick Riordan comenta críticas racistas ao elenco; entenda!

Logo após a divulgação completa do elenco central de Percy Jackson e os Olimpianos, nova série do Disney+, Rick Riordan, autor dos romances nos quais os roteiros são baseados, usou seu blog pessoal para compartilhar determinados pensamentos com seus leitores sobre a enxurrada de críticas que vem lendo nas redes sociais nos últimos dias.

Segundo o escritor, a insatisfação de alguns “fãs” com relação à escalação de Leah Sava Jeffries como Annabeth Chase soa como racismo. “É uma pena que postagens como essa precisem ser escritas”, iniciou Riordan. 

“Deixei claro, como autor, que estava procurando os melhores atores para habitar e dar vida às personalidades desses personagens. A aparência física era algo secundário para mim”, pontuou o escritor em seu texto. 

“E nós fizemos isso. Levamos um ano inteiro para fazer esse processo de forma cuidadosa e encontrar os melhores dos melhores. E esse trio é o melhor”, enfatizou, citando Leah Sava Jeffries (Annabeth), Aryan Simhadri (Grover) e Walker Scobell (Percy).

(Disney+/Reprodução)

Para Riordan, o fato de Annabeth ter sido descrita anteriormente como uma garota branca nos livros não pode ser determinante para julgar o talento de sua nova intérprete. “Somos capazes ainda de concordar que intimidar e assediar uma criança de forma online é algo muito errado”, continuou ele.

“Por mais forte que Leah seja, por mais que tenhamos discutido essa situação em potencial com todos esses tipos de reação e a intensa pressão que esse papel trará, os comentários negativos que ela recebeu estão fora de linha. Eles precisam parar. Agora!", escreveu o autor. 

Rick Riordan reforça mensagem da série aos críticos do elenco

Ainda durante as considerações que publicou em seu blog pessoal, Rick Riordan falou sobre como seus livros sempre enfatizaram que a diversidade é uma força. 

“Há poder na pluralidade. As coisas que nos distinguem uns dos outros são muitas vezes nossas marcas de grandeza individual. Você nunca deve julgar alguém por quão bem eles se encaixam em suas noções preconcebidas. Aquele garoto neurodivergente que foi reprovado em seis escolas, por exemplo, pode muito bem ser filho de Poseidon. Qualquer um pode ser um herói”, reforçou o escritor.

“Se você não entende isso e ainda assim está chateado com o elenco, então não importa quantas vezes você tenha lido os livros. Você não aprendeu nada com eles”, finalizou.