Brasileira supera dois recordes ao escalar montanha mais alta da Oceania
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Recentemente, a ultramaratonista brasileira Fernanda Maciel, de 44 anos, alcançou uma marca bastante impressionante em sua escalada da base ao cume da Pirâmide de Carstensz, a montanha mais alta da Oceania. Completando o trajeto em apenas 1 hora e 48 minutos, ela superou dois recordes mundiais, tanto de velocidade de subida, completando em 1 hora e 4 minutos, quanto de subida e descida mais rápidos.
Considerada uma das maiores ultramaratonistas do mundo, Fernanda Maciel é mineira e ex-advogada ambiental. Hoje, porém, é mais conhecida por aproveitar-se de suas expedições para promover questões sociais e ambientais por onde passa.
A Pirâmide de Carstensz, escalada recentemente pela mineira, se encontra na ilha de Nova Guiné, na província indonésia da Papua. Com uma impressionante altitude de 4.884 metros, ela é considerada a nona montanha mais alta do mundo. Por isso, inclusive, foi necessário o apoio de um suporte de oxigênio para o trajeto.
Vale mencionar que Fernanda pode ser considerada uma especialista em recordes. Ela já chamou atenção anteriormente por ser a primeira mulher a escalar e descer o Monte Aconcágua, a montanha mais alta fora da Ásia, localizada na Argentina, com quase 7 mil metros de altura em menos de 24 horas. A mineira também teve a subida mais rápida, em 6 horas e 40 minutos, no monte Vinson, na Antártica, e foi a primeira mulher a correr todos os 860 km do Caminho de Santiago de Compostela em apenas 10 dias.
Isso sem mencionar que ela já escalou vários dos picos mais altos do mundo, incluindo o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, e o monte Elbrus, na Rússia.
Desafios
Apesar da experiência, Fernanda não sentiu facilidade no desafio recente. "Eu estive escalando as maiores montanhas do mundo e Carstensz é uma delas, a maior da Oceania, e foi por isso que eu vim", informou a ultramaratonista em comunicado.
Estava esperando por esse momento por tanto tempo e o que me convenceu a vir foi saber que é um enorme desafio chegar aqui, e também a montanha ser diferente de todas as outras que escalei, por ser um lugar bem diferente e técnico — percebi quão técnico era quando estava checando a rota", continua.
Parte do desafio se deve ao fato de a Pirâmide de Carstensz se situar em meio a densas florestas tropicais, com terreno rochoso e trechos íngremes, que inclusive tornaram necessária a assistência do montanhista Carlos Santalena no percurso, conforme repercute a Revista Galileu.
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"Meu objetivo era fazer o percurso [da Pirâmide de Carstensz] em 2h, e eu consegui em 1h48. Estou muito feliz, por ter feito bem mais rápido do que eu achava, além de ter feito em condições climáticas ruins, como neve, chuva e pedras bem escorregadias que me fizeram desacelerar, e é uma montanha muito alta", relatou Fernanda Maciel ao fim do percurso.