Cuca foi inocentado de estupro ocorrido em 1987? Entenda!
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Nesta quarta-feira, 3, o Tribunal Regional do distrito de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a condenação de Cuca por estupro de uma menor de idade, que se deu em 1987, durante uma excursão do Grêmio ao país.
Conforme repercutiu a CNN Brasil, a juíza Bettina Bochsler aceitou o argumento apresentado pela defesa do treinador, que alegava que Cuca foi condenado à época sem representação legal. Assim, seus advogados afirmavam que ele teria direito a um novo julgamento.
Porém, não foi possível realizar a abertura de um novo processo, pois, segundo as autoridades suíças, o crime já estava prescrito. Logo, o Ministério Público sugeriu a anulação da pena e o fim do processo, como revelou com exclusividade o jornal Folha de S. Paulo.
Acordos e indenizações
É importante frisar que a anulação da condenação não comprova a inocência de Cuca, apenas esclarece que o caso foi encerrado por ausência de representação legal na época.
Em razão da irregularidade no julgamento, a juíza determinou que o Estado suíço deverá pagar uma indenização ao técnico no valor de 9.500 francos, cerca de R$ 55 mil.
Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou Cuca por meio de sua assessoria.
O caso voltou a ser comentado no último ano, quando o técnico foi contratado pelo Corinthians. Após o anúncio, houve uma forte resistência à contratação do treinador por parte de torcedores corintianos, que relembraram o episódio de estupro.
O episódio
Em 1987, durante uma excursão do Grêmio à Europa, Cuca, ainda jogador do time, foi detido na Suíça com os jogadores, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, acusados de abusarem sexualmente de Sandra Pfäffli, então com 13 anos. Após um mês detidos, eles foram liberados.
Na ocasião, o Grêmio designou um advogado para defender Cuca e dois outros envolvidos, no entanto, o profissional deixou o caso um ano antes do julgamento. Fernando Castoldi teve a sua defesa feita por outro advogado.
Em 1989, dois anos após o episódio, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão e multa, porém, não contaram com representação legal durante o julgamento, conduzido por um promotor de acusação. Fernando foi absolvido da acusação por ser considerado apenas cúmplice.