Federação proíbe mulheres trans de competir em eventos de atletismo internacionais
Aventuras Na História
Nesta quinta-feira, 23, a World Athletics, associação mundial de atletismo, informou que proibiu atletas transgênero de competir pela categoria feminina durante eventos internacionais. A medida passa a valer a partir do dia 31 de março.
Segundo informações do portal G1, Sebastian Coe, presidente da organização, explicou que nenhuma atleta trans que passou pela puberdade masculina poderá competir nas provas que se enquadram no ranking mundial feminino. Ele também acrescentou que os membros da World Athletics irão conduzir mais pesquisas acerca da elegibilidade do esporte para transgêneros.
Além disso, Coe disse que a decisão de proibição da Federação foi "guiada pelo princípio de proteger a categoria feminina" e que "não estamos dizendo 'não' para sempre", referindo-se a conquista do espaço por parte das competidoras.
Segunda decisão
Conforme noticiado pela BBC, a segunda decisão anunciada por Coe foi a de que os atletas DSD, ou seja, aqueles que possuem diferenças no desenvolvimento sexual, devem reduzir a quantidade de testosterona no sangue. Se antes o limite era de 5 nanomoles, agora os exames devem apresentar menos de 2,5 nos níveis do hormônio.
Nomes como os de Caster Semenya, bicampeã olímpica dos 800m, Christine Mboma, medalhista de prata olímpica nos 200m em 2020, e Francine Niyonsaba, vice-campeã nas Olimpíadas de 2016 pela prova de 800m, devem ser diretamente afetadas pelas novas decisões da Federação.